RAÇÃO HUMANA E GAMBÁS
Laerte Braga
Estamos próximos da perfeição. Dentro em breve o mercado disponibilizará peças de reposição e óleos especiais para lubrificar os cérebros mantendo-os na direção certa. No caso do Brasil, ligar a GLOBO antes das seis, rezar diante da imagem de William Bonner e seis vezes ao dia voltar-se na direção do prédio da FIESP/DASLU, dando graças por José Collor Arruda Serra.
Em Piraju, pouco mais de 300 quilômetros de São Paulo, uma dona de casa levou um baita susto quando foi limpar sua edícula. Isso mesmo, edícula. Está lá na FOLHA DE SÃO PAULO. A senhora ao proceder a limpeza encontrou escondidos num armário ou num trem qualquer, mamãe gambá e seis filhotes. Em pânico chamou os bombeiros.
A despeito das explicações oficiais sobre perda do habitat etc, essas coisas todas, a gambá e seus filhotes estavam foragidos de Brasília. Haviam deixado o conforto do Palácio dos Buritis, sede do governo da capital e tentaram abrigo no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Como foram expulsos por José Collor Arruda Serra resolveram buscar a Prefeitura de Gilberto Kassab.
Ficaram a ver navios. É que o prefeito está às voltas com caixa dois, teve o seu mandato cassado por um juiz eleitoral e agora vai ter que se defender de 33% de recursos ilegais recebidos em sua campanha, principalmente a partir de imobiliárias. Fica aí desvendado o mistério sobre as muitas quedas de prédios na capital paulista.
A mãe gambá e seus filhotes tiveram que se acostumar, enquanto puderam, a edícula, ou seja, casa pequena de um cômodo só. O gambá pai está numa sala de 10 metros quadrados em Brasília, nas dependências da Polícia Federal e só tem chances de sair na quinta-feira, quando o STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – dizem né) deve julgar seu pedido de habeas corpus.
Para que possa caber num pequeno vestido e tenha as curvas adequadas, milhares de senhoras e senhoritas correm às feiras e mercados em busca da ração humana. A mulher melão, todavia, meteu-se a fazer uma lipoaspiração e agora está com saudades do bumbum imenso. Perdeu o ganha pão.
E a soja é transgênica.
Magra esbelta e cercada por Jesus, Madonna andou pelo Brasil vendendo a idéia de ajudar as crianças pobres da Amazônia. Captou cerca de 10 milhões de dólares para a ONG Succcess for Kids (Sucesso para Crianças). Boa parte foi dada pelo empresário Eike Batista, ex-proprietário de Luma de Oliveira, um milhão pela Brahma (em troca da ida ao camarote da empresa no carnaval carioca) e o restante por outros “benfeitores” preocupados com as crianças pobres, tudo no esquema FIESP/DASLU.
A colunista Mônica Bérgamo, também da FOLHA DE SÃO PAULO, dá conta das dúvidas sobre o destino do dinheiro. A finalidade real da grana arrecadada. Não há explicações sobre se de fato as doações foram depositadas, na conta de quem e como serão usados esses recursos.
Madonna é financiada por grupos de judeus sionistas e a ONG para a qual trabalha é subordinada a uma organização maior, judeu/sionista, com sede em New York. Os projetos de um modo geral servem de fachada para o nazi/sionismo se instalar em várias partes do mundo dito em desenvolvimento, no caso específico do Brasil, a Amazônia, objeto da cobiça das grandes potências. EUA principalmente. A colunista da FOLHA afirma que Estela de Wulf, diretora da ONG, procurada por dois meses para explicar a dedicação e o amor às crianças pobres da Amazônia não quis falar sobre o assunto.
As treze bases militares norte-americanas que estão sendo montadas na Colômbia deverão servir de base de apoio para o trabalho de ajuda às crianças pobres da Amazônia. E agentes do MOSSAD, com passaportes falsificados, deverão controlar eventuais “terroristas” que possam querer atrapalhar o projeto. Breve na Amazônia, além da bandeira norte-americana a estrela de David. É que Osama bin Laden deve estar por lá, escondido numa tribo qualquer, à espreita para atacar e ferir de morte a democracia cristã, ocidental e abençoada por Bento XVI, Edir Macedo e quejandos, em culto ecumênico. Madonna vai cantar “the lady is a tramp”.
Quando qualquer um de nós acorda, acordamos na cidade. É a nossa realidade imediata. É onde nascemos, crescemos, onde nos preparamos para a vida, constituímos famílias, trabalhamos e onde descansamos em todos os sentidos da palavra. Um estado e uma Nação só serão fortes se as cidades forem fortes.
A minha cidade, por exemplo, Juiz de Fora, cerca de 700 mil habitantes, localizada no estado de Minas Gerais, próxima ao Rio, menos de 200 quilômetros, viveu a experiência de um bandido padrão Kassab na Prefeitura. Vive ainda. O primeiro deles, Alberto Bejani, saiu no noticiário nacional recebendo propina dos empresários do setor de transportes coletivos. O segundo, o atual, Custódio Matos, tucano, recebe, no barato e por baixo, um milhão por mês de propina da Queiroz Galvão no negócio do lixo. E os moradores de Juiz de Fora sequer têm idéia que nessa conversa fiada de progresso o principal manancial de água potável da cidade, está na rota do transbordo do lixo. A represa Doutor João Penido.
Tudo autorizado pela FEAM (FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO-AMBIENTE), onde pontifica um procurador conhecido como Joa/quinzinho (pilantra de carteira de sócio remido na pilantragem).
Esse tipo de procedimento criminoso é padrão entre prefeitos tucanos, DEM, do PTB, eventualmente até prefeitos do PT.
As características de nossa suposta “federação” (nunca fomos) subordina as cidades a União e aos estados. Supondo que seja uma pirâmide, a base está para cima. No Congresso Nacional Constituinte de 1988 discutiu-se muito a perspectiva de maior autonomia em todos os sentidos para os municípios e os avanços mínimos acabaram por acontecer, um ou outro.
De um modo geral estados e União transferem ônus aos municípios e prefeitos ou arcam com esses ônus, ou optam por transformar suas cidades em propriedade privada de seus partidos, de seus financiadores, enfim, meia dúzia de donos, além deles prefeitos. Um mandato, quatro anos, é o bastante para enriquecer qualquer alcaide bandido (são muitos, embora existam muitos íntegros).
Minha cidade vive essa experiência trágica desde 2005, quando da posse de Bejani. Hoje tem até um general da banda, comandante da tal guarda municipal, com direito a honras militares e o escambau. E a propinas também é lógico.
Nas eleições municipais de 2008 o governador José Collor Arruda Serra vivia um dilema. Havia renunciado à Prefeitura para concorrer ao governo do Estado em 2006 e Gilberto Kassab era o seu vice, virou prefeito. O DEM, quadrilha da qual faz parte José Roberto Arruda, exigiu que Arruda/Serra (vote num careca e leve dois) apoiasse a reeleição de Kassab, afinal São Paulo é o segundo maior orçamento do País e isso, por baixo enche pança de qualquer deputado Rodrigo Maia, ACM Neto, etc, etc.
Geraldo Alckimin, ex-governador São Paulo, candidato derrotado por Lula em 2006 (apesar da força que a GLOBO fez para elegê-lo), cismou de ser candidato dos tucanos, quadrilha associada ao DEM. Criou um problema para José Collor Arruda Serra.
A turma do DEM foi lá e disse que sem a Prefeitura de São Paulo nada feito em termos de aliança nacional em 2010 para a sucessão de Lula.
As pesquisas indicavam o ex-governador Alckimin, um pastel de vento e sem caráter nenhum, como líder. Colocavam Kassab em terceiro lugar atrás da candidata do PT, Marta Suplicy.
Calado e sem se pronunciar sobre o assunto, o governador José Collor Arruda Serra quando viu que a aliança com a quadrilha DEM ia para o buraco, buscou algum dinheiro por cima e outro maior baixo dos panos junto ao governo de Brasília (documentos apreendidos pela Polícia Federal na casa de Arruda), enquanto Kassab negociava com o sindicato dos proprietários de imobiliárias, através de uma fachada, um acordo mais ou menos assim. “Vocês podem construir o que quiser, onde quiser, do jeito que quiser, mas me dêem o dinheiro”. E uma doação ilegal, ou foram doações ilegais.
Em quinze dias Kassab saiu do terceiro lugar, foi para o primeiro e venceu as eleições.
Terminado o processo eleitoral e sabedor que Alckimin não vale nada, nem pústula consegue ser direito, chamou o ex-governador e o nomeou secretário dum trem qualquer para garantir um leitinho razoável a criar a perspectiva de uma sobrevida política.
Tudo negócio de máfias. Alckimin, que ainda mal conseguira tirar a faca que fora enfiada em suas costas, caiu de quatro, aceitou a secretaria e lá está, agora tentando viabilizar sua candidatura ao governo do estado.
Esse tipo de gente não sabe o que é vergonha na cara. Nunca ouviu falar sobre isso.
É por aí que imaginam chegar a Brasília, montado no cavalo alazão de José Collor Arruda Serra, com apoio da grande mídia nacional e mídias regionais (o jornal GAZETA, do extinto estado do Espírito Santo, hoje latifúndio de Ermírio e outros, ligado à GLOBO, está em franca campanha para Arruda/Serra, é empresa de pilantras regionais, um exemplo).
Aí faz o seguinte. Vai lá, compra a tal ração humana, entra no tal modelito padrão Adriane Galisteu, ou vira um galã rejuvenescido e tenta o BBB no próximo ano.
É sucesso garantido. E com direito a revisão de fábrica e peças originais pelo menos até os trinta anos. Ao passar dessa idade limite, data de validade trate de brigar por uma boa aposentadoria ou pensão da previdência social. É o modelo Faustão, passou dos trinta, rua.
Ou corre para uma igreja dessas de Edir, o Macedo, e similares, caia de quatro diante das revelações e substitua a GLOBO pela RECORDE, não faz diferença nenhuma, são iguais. Renovação Carismática é a mesma coisa, aleluia e heil Hilter.
Uma dúvida. A ração humana é servida como? Em tigelas de plástico ou alumínio com o nome do cachorrinho ou da cachorrinha? Isso é importante, a mistura de alhos com bugalhos pode engordar e criar celulites, ou rugas. Pior, calvície e aí você entra no time de “vote num careca e leve dois”.
Em último caso, se não tiver jeito, arranje um asilo na Barra da Tijuca, enclave norte-americano (Miami) no Rio de Janeiro, onde mora o jogador Zico. Quer o emprego de Andrade. Só uma dúvida. E se o Flamengo tiver que jogar na Itália, como Zico vai fazer? Tem prisão decretada por lá por sonegação de impostos, Saiu fugido.
O jeito é dar umas “porradas” em mulheres de “conduta duvidosa”, usar o dinheiro da dita cujas para a droga nossa de cada dia (nada de José Collor Arruda Serra, ou Kátia Abreu, não tem tratamento que dê jeito) e infernizar a vida dos moradores da Rocinha.
Já Kassab... Bom os gambás foram soltos, o prefeito num sei, vai rolar uma briga dessas de anos a fio no Judiciário e qualquer coisa Gilmar Mendes garante. É só entrar pela porta dos fundos com fundos adequados.
Declaração de uma jovem, posta ao sol numa piscina de um condomínio fechado enquanto lia CARAS – “o que é jet set?”. Resposta da companheira, estendida sob uma toalha com as cores de um clube de futebol – “não sei não, mas acho que é uma empresa paulista de acompanhantes”. –
Em caso de desespero, por favor, não quebre o vidro, bobagem, vai cortar a mão, não vai conseguir manusear aquele trem direito e corre o risco da data de validade da carga estar vencida, nem raspe a poupança e compre passagens para New York, imaginando pular do alto do Empire State. Vai ter dificuldades para arranjar o visto, com a imigração no desembarque e a prefeitura da cidade tomou providências para evitar pulos do alto do edifício. Nem quinze minutos de fama mais.
O esquema ideal é a poção mágica do ator Carlos Vereza, servida em forma de carta transformada em pó. Ração “fascismo galopante”. Mistura de Regina Duarte com caldo de FHC, fios de cabelo do finado Sérgio Mota, DNA da careca de José Collor Arruda Serra e complementos vitamínicos de bancos, latifundiários e empreiteiras. Não existe genérico e se encontra a venda nas melhores lojas FIESP/DASLU. O máximo que você consegue é comprar falsificado pela turma do DEM. Nesse existe risco, além de loção Arruda, tem o pó Kátia Abreu que pode matar. E não existe antídoto.
Não resolve nada, mas dá um barato dos diabos dizem os que já experimentaram.
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