O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, não goza de uma situação confortável no Rio Grande do Sul. É o que se pode depreender de pesquisa Ibope no estado divulgada há poucos dias. Os pesquisadores foram a campo nos dias 6 a 8 de julho. O Óleo analisa, em primeira mão, os dados presentes na íntegra do relatório do Ibope para o RS. Acho importante ficarmos de olho bem aberto ao que acontece no Sul porque é a única região do país onde o tucano tem se mantido, de maneira incontestável, à frente nas pesquisas.
Ou seja, num dos estados em que registra seu melhor índice de intenção de voto, Serra terá o palanque de uma governadora impopularíssima e que sequer deverá chegar ao segundo turno.
Num eventual (e improvável) segundo turno com Yeda, o candidato do PT, Tarso Genro, teria 59% das intenções de voto, contra 24%. Esses dados mostram que os índices eleitorais de Serra no RS são, no mínimo, instáveis.
Num mais provável segundo turno contra Fogaça, o petista mantém uma vantagem (menos) folgada. Fogaça (PMDB) será tentado a dar palanque à Serra, mas ficará numa saia justa perante o apoio oficial de seu próprio partido à Dilma Rousseff. Tarso Genro, ao contrário, terá a vantagem múltipla de sair na frente, ser opositor de Yeda Crusius (já o PMDB gaúcho era aliado de Yeda) e pertencer ao mesmo partido que Lula e Dilma.
E agora compare a popularidade de Yeda Crusius e Lula no Rio Grande do Sul.
Quando começar a campanha e os eleitores gaúchos forem lembrados diariamente que Serra é do PSDB, o mesmo partido da governadora Yeda Crusius, não me parece que isto deverá beneficiar o tucano.
*
Outras tabelas desta última pesquisa Ibope apontam mais fragilidades eleitorais de Serra no Rio Grande do Sul. Confiram a espontânea, por exemplo.
P.04) Pensando na eleição para Presidente da República, em quem o(a) sr(a) votaria para Presidente da República se a eleição fosse hoje? (Espontânea)
Observem (acima) que Dilma e Serra estão empatados tecnicamente na espontânea. Na tabela abaixo, que traz a pesquisa estimulada, note que os dois principais candidatos empatam tecnicamente entre os homens. A mesma coisa acontece na espontânea.
A diferença maior de Serra sobre Dilma está entre as mulheres. Agora observe os números relativos à escolaridade (tabela acima). A vantagem do tucano se concentra entre as pessoas com apenas o ensino fundamental. Ou seja, com menor informação sobre os candidatos. Entre as pessoas com ensino superior, Dilma tem uma vantagem de seis pontos na espontânea, 32% contra 26% de Serra. Isso confirma a tendência de crescimento da petista na medida em que aumenta o grau de conhecimento do eleitorado sobre ela.
P.10) Se a eleição para Presidente da República fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem o(a) sr(a) votaria?
*
Para o Senado, os tucanos não tem ninguém da base aliada para lhes puxar votos no Rio Grande do Sul. Deverão se aliar a Germano Rigotto, que lhes é simpático, mas o PMDB, lembrando, coligou-se oficialmente com Dilma... Por este e por mil outros motivos, Rigotto deverá focar sua campanha em si mesmo, não em Serra. O PP de Ana Amélia Lemos (também bem colocada nas pesquisas) acaba de emitir comunicado nacional de que, apesar de não coligado oficialmente, participará em favor de Dilma Rousseff.
Ou seja, num dos estados em que registra seu melhor índice de intenção de voto, Serra terá o palanque de uma governadora impopularíssima e que sequer deverá chegar ao segundo turno.
Num eventual (e improvável) segundo turno com Yeda, o candidato do PT, Tarso Genro, teria 59% das intenções de voto, contra 24%. Esses dados mostram que os índices eleitorais de Serra no RS são, no mínimo, instáveis.
A tabela acima contém uma particularidade que me chamou a atenção. Yeda é fraca entre as mulheres e, neste caso, não se pode atribuir ao baixo grau de informação, visto que a governadora é naturalmente conhecida pela totalidade dos gaúchos. Essa debilidade entre as mulheres é outro fato que prejudicará Serra, pois o tucano apenas tem evitado uma derrocada muito grande nas pesquisas através da vantagem que mantém sobre sua adversária entre o eleitorado feminino.
E agora compare a popularidade de Yeda Crusius e Lula no Rio Grande do Sul.
Quando começar a campanha e os eleitores gaúchos forem lembrados diariamente que Serra é do PSDB, o mesmo partido da governadora Yeda Crusius, não me parece que isto deverá beneficiar o tucano.
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Outras tabelas desta última pesquisa Ibope apontam mais fragilidades eleitorais de Serra no Rio Grande do Sul. Confiram a espontânea, por exemplo.
P.04) Pensando na eleição para Presidente da República, em quem o(a) sr(a) votaria para Presidente da República se a eleição fosse hoje? (Espontânea)
Observem (acima) que Dilma e Serra estão empatados tecnicamente na espontânea. Na tabela abaixo, que traz a pesquisa estimulada, note que os dois principais candidatos empatam tecnicamente entre os homens. A mesma coisa acontece na espontânea.
A diferença maior de Serra sobre Dilma está entre as mulheres. Agora observe os números relativos à escolaridade (tabela acima). A vantagem do tucano se concentra entre as pessoas com apenas o ensino fundamental. Ou seja, com menor informação sobre os candidatos. Entre as pessoas com ensino superior, Dilma tem uma vantagem de seis pontos na espontânea, 32% contra 26% de Serra. Isso confirma a tendência de crescimento da petista na medida em que aumenta o grau de conhecimento do eleitorado sobre ela.
P.10) Se a eleição para Presidente da República fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem o(a) sr(a) votaria?
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Para o Senado, os tucanos não tem ninguém da base aliada para lhes puxar votos no Rio Grande do Sul. Deverão se aliar a Germano Rigotto, que lhes é simpático, mas o PMDB, lembrando, coligou-se oficialmente com Dilma... Por este e por mil outros motivos, Rigotto deverá focar sua campanha em si mesmo, não em Serra. O PP de Ana Amélia Lemos (também bem colocada nas pesquisas) acaba de emitir comunicado nacional de que, apesar de não coligado oficialmente, participará em favor de Dilma Rousseff.
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Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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