Sep
Outro raciocínio a que, obrigatoriamente, os números registrados pelo Datafolha nos leva é o de que, considerando a cristalização da intenção de voto a menos de um mês das eeleições, a vantagem de Dilma tem tudo para se colocar acima dos 60% dos votos válidos, como cheguei a prever aqui. Acho que vou erra, para menos, porque 60% dos votos válidos já tem se considerarmos a parcela que, segundo o Datafolha, declara espontaneamente seu voto.
Vejam , sobre o universo de 65% dos entrevistados que declaram seu voto sem a necessidade de apresentação dos nomes, o índice de 39% de Dilma (sem considerar o 1% que declara voto em Lula, que seria seu, também), ela alcança 60%. Os 18% de Serra se convertem em 27,8% dos eleitores que declinam seu candidato.
Estes números vão se mover, agora, puxados por dois fatores. O primeiro deles é a expectativa de vitória, o efeito que todos sabem que o “voto vencedor” exerce sobre indecisos. E neste quesito, a percentagem dos que crêem numa vitória de Dilma subiu de 69% para 72% entre as duas pesquisas. Portanto, o magnetismo desta convicção de vitória só beneficia a candidata e tampona qualquer tendência de que os indecisos pudessem, em maioria, migrar para outra candidatura.
O segundo fato é a rejeição, e também aí o nivel de rejeição a Dilma é baixo, praticamente se confundindo com os que declaram intenção de voto em Serra, como seria de se esperar. Já o de Serra não apenas é significativamente mais alto (ele tem 32% de “não votaria de jeito nenhum”, contra 22 da adversária0, como não pára de subir.
Neenhum destes fatores óbvios, porém, impede a incansável tentativa dos diretores do Datafolha, em artigo publicado junto com a pesquisa, de apontarem sinais de fraqueza na candidatura Dilma, que vou tratar, mais tarde, num outro post.
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