sábado, 25 de setembro de 2010

Eleições sem Globo! Lavareda dá a senha: só baixarias no Jornal Nacional podem mudar o quadro

De acordo com o sociólogo Antônio Lavareda (ligado aos demo-tucanos), o tom do noticiário durante a próxima semana será fundamental para "empurrar a eleição para o segundo turno". Se as notícias continuarem desfavoráveis ao governo, sobretudo com novas denúncias, é quase certo que o eleitorado de Dilma poderá diminuir mais.

Lavareda sublinha, obviamente, o peso do noticiário televisivo, em especial o Jornal Nacional, da Rede Globo. Para ele, o conjunto do noticiário terá tanto peso quanto os dois últimos debates. (Do Poder Online)

Comentário:

Isso é o que eles querem, e é o que vão tentar. Mas falta combinar com o povo.

Eu aposto na subida de Dilma nesta semana de chegada, principalmente a partir de quarta-feira, quando os mais indecisos e arredios acabam definindo seus votos.

Dilma deverá explorar o melhor do Brasil contra a campanha do ódio: a ascensão social de todos, dos mais pobres aos empresários que ganham com o aumento do mercado interno. A prosperidade nacional, o Brasil rumo a se tornar a 5ª economia do mundo, a presença internacional.

Deverá explorar a mensagem de que o governo Lula entrará para história como o início de uma era, mas que a melhor notícia é que essa história não acabou, foi só o começo de uma nova era na história do Brasil, que precisa de gente como Dilma para continuar, 100% comprometida com tudo de bom que Lula fez.

Se o governo Lula já foi bom do jeito que foi, com Lula encontrando o Brasil quebrado e pendurado do FMI nos primeiros anos, imagina com Dilma garantindo a riqueza do pré-sal para os brasileiros, tocando o programa de investimentos da Petrobras, com os bilhões que entraram na empresa, e com a economia bombando, crescendo mais de 7% este ano? Será mais dinheiro para educação, saúde, renda, empregos, aposentadorias melhores, salários melhores, moradias melhores, uma vida melhor.

E tudo será mais fácil e mais rápido, com os programas que não existiam, nasceram, cresceram e agora estão maduros e em pleno andamento como o PAC2, o Minha Casa, Minha Vida, o ProUni e o Reuni, a rede de escolas técnica, a elevação do piso nacional do professor, a rede de creches.

Ela falará também dos 14 a 15 milhões de empregos gerados, e do tanto que será gerado nos próximos 4 anos com todos esses programas, da elevação da renda de todos: desde o salário mínimo, dos aposentados, até dos trabalhadores mais qualificadas que conseguem dissídios acima da inflação.

E é isso que todos nós precimos argumentar em nossas conversas, e levar para as ruas.

O único problema de Dilma é que falta tempo para falar tanta coisa boa, e ela não contará com espaço na imprensa que publique estas verdades.

É provável até que seja preciso concentrar em alguns poucos tópicos principais, na propaganda da TV e nas entrevistas. É recomndável que seja até ser um pouco monotemática nas entrevistas. O idela é procurar responder com uma frase curta e objetiva sobre as picuinhas que os repórteres do PIG perguntam, e encaixar nas respostas estes temas, reduzindo a margem de manobra dos editores do Jornal Nacional pinçar os piores trechos.

Exemplo 1: Liberdade de imprensa? É a favor da liberdade total, tanto dos que preferem só falar mal do governo Lula, como do direito daqueles que querem noticiar que a Petrobras garantiu o dinheiro para os investimentos no pré-sal, que gerará milhares de empregos nos próximos anos e garantiu um futuro promissor de riqueza para o Brasil. E o melhor disso tudo é que, diferente do governo passado de FHC, sem vender patrimônio público e sem se endividar, pelo contrário, com o Brasil ficando dono de uma fatia maior da empresa do que já tinha, com a Petrobras mais forte e mais nacionalizada.

Exemplo 2: Perguntas sobre corrupção? Quem andar fora da linha paga pelo que fez, e isso vale para qualquer funcionário até do mais alto escalão, doa a quem doer. A Polícia Federal foi equipada para fazer seu trabalho independente de nomes, e não temos mais um engavetador geral da república como havia no governo FHC. A sujeira não é mais jogada para debaixo do tapete.

Perguntas sobre impunidade? O problema da impunidade no Brasil ainda é a infinidade de recursos que os corruptos tem direito no poder judiciário. A Polícia Federal e a CGU fazem sua parte, encaminhando o resultado das investigações à justiça.

Dilma deverá se sair melhor nos debates do que os demais candidatos, como tem acontecido. Ela se mostrou melhor debatedora, tem mais conteúdo, e tem os melhores argumentos, e tem a melhor carta na mão, que é sua associação com o presidente Lula e a plena participação em seu governo. Deve encaixar a mensagem logo no início do debate da Globo.

O presidente Lula tem bala na agulha para, ele mesmo, responder eventuais baixarias contra seu governo, contra seu partido e contra sua candidata.

Além disso, nesta mesma última semana, está em curso grande crescimento nos estados de candidatos a governador e ao senado da base de apoio à Dilma. As militância do PT, e as máquinas do PMDB devem ir para as ruas.

As pesquisas vão malhar os números ali na margem de erro, tentarão inflar Marina, tentarão induzir o eleitorado. Mas o povo não é mais bobo: quanto menos a imprensa mostra o que Lula diz, mais o povo presta atenção no pouco que é publicado do que ele diz, e mais vai buscar notícias na internet.

Lavareda faz seu papel de animar sua turma, porque os números atuais são desanimadores para eles. E jogar a toalha seca as fontes de financiamento de campanha deles, reduz a bancada de deputados, senadores e governadores de oposição com chance de ser eleita.

Por fim, guerra é guerra. Eles com suas Vejas, Folhas, Estadão e Globo, espalhando espinhos do ódio e o estrume da mentira. Nós com nossas armas, entre elas o boicote à cobertura da Globo, mas também com nossas flores vencendo os canhões deles, e fazendo do estrume que eles jogam, o adubo para nosso jardim.

Vejas, Folhas, Estadão tem pouco poder de fogo fora de São Paulo. A grande ameaça é a Globo. Ela tem um histórico que vai desde a conivência com a ditadura, em publicar resultados fraudados nas eleições de 1982, no famoso caso Proconsult, até a imoral edição do debate Lula x Collor em 1989, a esconder o acidente da Gol, para mostrar a obra fotográfica do delegado Bruno em 2006.

Por isso, o melhor é todo mundo fazer "eleições sem Globo". Os outros canais podem não ser tão diferentes, mas não tem o cacife da Globo, que se acha capaz de fazer e desfazer presidentes.

Boicote amplo, geral e irrestrito aos noticiários globais, e à cobertura das eleições.

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