quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Enquanto Estados Unidos, Europa e Japão amargam a estagnação econômica e o crescimento assustador do exército de desempregados, o Brasil do governo Lula navega em águas mais felizes, embalado pelo crescimento da produção e da oferta de emprego. Agosto registra um novo recorde na criação de empregos com carteira assinada: foram abertos 299.415 postos de trabalho, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com base no Cadastro Geral de Admissões e Demissões (Caged).
O destaque do mês é o setor de comércio e serviços, que apresentou geração recorde de vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, já descontadas as demissões. Os serviços foram responsáveis pela criação de 128.232 empregos - o recorde anterior para agosto havia sido verificado em 2008, com 95.191 novos postos líquidos.
No caso do comércio, foi detectado um incremento de 65.083 vagas formais, com recordes tanto no segmento de varejo (54.509 postos) quanto no atacado (10.574 postos). "O setor de serviços continua a ser o que mais contrata. Neste período, com mais força ainda por conta da proximidade das festas do final do ano", comentou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi nesta quinta-feira (16).
Renda estimula serviços
Ao todo, foram criadas 299.415 vagas no País em agosto, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Lupi salientou que, no último ano, ganharam destaque na geração de empregos os serviços médicos e odontológicos. Em agosto, por exemplo, o segmento criou 9,852 mil vagas líquidas de emprego formal. Para o ministro, o resultado positivo do setor vem na esteira do aumento da renda dos trabalhadores. "Quando a população está com um pouco mais de ganho, começa a aparecer o setor médico e odontológico. Isso está intimamente ligado", observou.
No caso da Indústria de Transformação, que paga os melhores salários, o aumento de vagas no mês passado foi de 70.393. Foi o segundo melhor resultado para agosto da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O volume de contratações líquidas perde apenas para agosto de 2004, quando foram gerados 72.168 postos formais.
Salários
A experiência sugere também que, ao contrário do que prega a direita neoliberal (redução de salários, corte de gastos públicos e flexibilização de direitos), a valorização da classe trabalhadora, puxada pela política de recuperação do valor real do salário mínimo, é que está ancorando o processo de crescimento da economia e do emprego. É o que pensa Carlos Lupi, que rebate as concepções reacionárias sobre salário e inflação.
O principal responsável pela geração de emprego no Brasil, na avaliação do ministro do Trabalho, é o aumento real do salário. "O empresário está investindo, e o salário subindo. Salário não gera inflação, está provado isso", afirmou. Costumeiro crítico das ações do Banco Central (BC), Lupi acrescentou a sua lista de fatores que levaram o nível de emprego formal bater recorde em agosto (para o mês em questão) e para o acumulado dos primeiros oito meses do ano a manutenção da taxa básica de juros. "Além disso, o Brasil está tendo que comprar dólar, porque o real está subido demais", comentou.
O ministro ressaltou também que, depois de uma acomodação do mercado, em julho, quando foram criados 182 mil postos de trabalho formais, o nível de emprego melhorou por causa do aumento do consumo interno e da elevação dos investimentos.
Futuro ministro
Durante a entrevista coletiva em que apresentou e comentou os números do Caged, Lupi evitou ainda comentar sobre a possibilidade de permanecer no comando do ministério no caso de vitória da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, nas eleições de 3 de outubro. "Não trabalho com essa hipótese (de permanecer como ministro do Trabalho)", disse. "Quem senta na cadeira antes do tempo, acaba ficando sem cadeira", disse.
Otimista, o ministro está convencido que o Brasil continuará crescendo e batendo recorde de empregos. “Este ano temos dois fatores sazonais importantes para o crescimento do setor de Serviços, que são a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em todo o segundo semestre os resultados continuarão positivos, beirando sempre os recordes de cada mês e fechando o ano com PIB em cerca de 7,5%", analisa Lupi.
Da redação Vermelho, com agências
O destaque do mês é o setor de comércio e serviços, que apresentou geração recorde de vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, já descontadas as demissões. Os serviços foram responsáveis pela criação de 128.232 empregos - o recorde anterior para agosto havia sido verificado em 2008, com 95.191 novos postos líquidos.
No caso do comércio, foi detectado um incremento de 65.083 vagas formais, com recordes tanto no segmento de varejo (54.509 postos) quanto no atacado (10.574 postos). "O setor de serviços continua a ser o que mais contrata. Neste período, com mais força ainda por conta da proximidade das festas do final do ano", comentou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi nesta quinta-feira (16).
Renda estimula serviços
Ao todo, foram criadas 299.415 vagas no País em agosto, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Lupi salientou que, no último ano, ganharam destaque na geração de empregos os serviços médicos e odontológicos. Em agosto, por exemplo, o segmento criou 9,852 mil vagas líquidas de emprego formal. Para o ministro, o resultado positivo do setor vem na esteira do aumento da renda dos trabalhadores. "Quando a população está com um pouco mais de ganho, começa a aparecer o setor médico e odontológico. Isso está intimamente ligado", observou.
No caso da Indústria de Transformação, que paga os melhores salários, o aumento de vagas no mês passado foi de 70.393. Foi o segundo melhor resultado para agosto da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O volume de contratações líquidas perde apenas para agosto de 2004, quando foram gerados 72.168 postos formais.
Salários
A experiência sugere também que, ao contrário do que prega a direita neoliberal (redução de salários, corte de gastos públicos e flexibilização de direitos), a valorização da classe trabalhadora, puxada pela política de recuperação do valor real do salário mínimo, é que está ancorando o processo de crescimento da economia e do emprego. É o que pensa Carlos Lupi, que rebate as concepções reacionárias sobre salário e inflação.
O principal responsável pela geração de emprego no Brasil, na avaliação do ministro do Trabalho, é o aumento real do salário. "O empresário está investindo, e o salário subindo. Salário não gera inflação, está provado isso", afirmou. Costumeiro crítico das ações do Banco Central (BC), Lupi acrescentou a sua lista de fatores que levaram o nível de emprego formal bater recorde em agosto (para o mês em questão) e para o acumulado dos primeiros oito meses do ano a manutenção da taxa básica de juros. "Além disso, o Brasil está tendo que comprar dólar, porque o real está subido demais", comentou.
O ministro ressaltou também que, depois de uma acomodação do mercado, em julho, quando foram criados 182 mil postos de trabalho formais, o nível de emprego melhorou por causa do aumento do consumo interno e da elevação dos investimentos.
Futuro ministro
Durante a entrevista coletiva em que apresentou e comentou os números do Caged, Lupi evitou ainda comentar sobre a possibilidade de permanecer no comando do ministério no caso de vitória da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, nas eleições de 3 de outubro. "Não trabalho com essa hipótese (de permanecer como ministro do Trabalho)", disse. "Quem senta na cadeira antes do tempo, acaba ficando sem cadeira", disse.
Otimista, o ministro está convencido que o Brasil continuará crescendo e batendo recorde de empregos. “Este ano temos dois fatores sazonais importantes para o crescimento do setor de Serviços, que são a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em todo o segundo semestre os resultados continuarão positivos, beirando sempre os recordes de cada mês e fechando o ano com PIB em cerca de 7,5%", analisa Lupi.
Da redação Vermelho, com agências
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