quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Responder ou Amarelar? Eis o dilema de Serra

A madrugada de quarta para quinta-feira foi longa para José Serra (PSDB).


Após à meia-noite, em conversas na saída da TV Gazeta, os demo-tucanos ainda estudavam se Serra deveria ou não gravar imagens para seu programa eleitoral para responder às declarações de Lula na noite desta terça-feira (7) condenando as baixarias de Serra:





"Infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz contra tudo que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos...

...Resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria. Lamento, lamento muito... Tentar atingir, com mentiras e calúnias, uma mulher da qualidade de Dilma Rousseff é praticar um crime contra o Brasil. E, em especial, contra a mulher brasileira...

...Peço equilíbrio e prudência a esses que caluniam a Dilma, movidos pelo desespero, pelo preconceito contra a mulher e também contra mim".
- disse Lula.

Os demo-tucanos ficaram diante do dilema:

Responder às declarações do Presidente na TV e arriscar a ficar só com os 4% do eleitorado fanático anti-Lula?

O número de 4% parece absurdo, mas foi o que Quércia teve nas eleições presidenciais de 1994, também na condição de ex-governador de São Paulo na época, diante do plano Real.

Ou seria melhor "amarelar", perder esses 4% do eleitorado, e tentar segurar o restante, entre 15 e 20%?

O candidato a vice de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEMos/RJ), disse ser contra: "Não deve responder, porque Lula não é o candidato. No dia 1º ele vai para casa".

O senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, e o marqueteiro da campanha nacional do partido, o jornalista Luiz Gonzalez, disseram que são a favor de Serra responder em seu horário eleitoral os ataques do presidente Lula. (Com informações do Portal Terra)

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