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O jornal espanhol “El País” publica hoje uma reportagem – em parte traduzida pela BBC – dizendo que José Serra converteu-se “favorito a futuro grande perdedor”. Perdoa-se que os jornalistas espanhóis, pouco afeitos ao comportamento da mídia e dos institutos brasileiros, tenham visto em Serra condição de “favorito” que ele jamais teve. Mas eles são capazes de ver, como a nossa imprensa não faz, pelos seus interesses e ódios políticos, que ao tucano o papel que está reservado é mesmo este: o de grande perdedor.
“Serra, de 68 anos, o bem-sucedido governador de São Paulo que passou toda sua vida se preparando para este dia e este cargo, pode enfrentar agora não só um fracasso eleitoral, como o fim de toda a sua carreira política” , diz El País, afirmando que aos tucanos agora, interessa é batalha para tentar manter São Paulo e Minas, com vitórias de Aécio e Alckmin – este, descrito como “do setor mais direitista do PSDB”.
O futuro de Serra está pendurado num fio, diz o jornal. ” Nos 15 dias que restam, sua equipe está tentando dar “uma virada”. E diz que ele quer tirar proveito dos escândalos de corrupção que a mídia está divulngo. Mas diz que as pesquisas continuam sendo “demolidoras” e que Marina Silva seria a única a tirar uma “casquinha” deles.
Que nada, El País, não vai ter casquinha nem meia casquinha. A vitória de Dilma vai ser de “olé”. Não é à toa que o próprio jornal coloca na página uma tomada de vídeo divertida do comício de Campinas, sob o título “O baile de Lula”, que reproduzo aí em cima.
Masquem vai sair “humilhado”, como diz o jornal em relação a Serra, vai ser mesmo o império da mídia. Porque agora, ao contrário do que fez na eleição de Collor, ele “não pode mais”.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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