quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Na primeira “crise”, os primeiros sinais do governo Dilma

Blog do Rovai - 05 de janeiro de 2011 às 16:15 11

A agenda de um governo muitas vezes se define pelos seus primeiros sinais. Eles, em geral, não são muito diretos e até por isso são comumente ignorados pelo jornalismo tradicional, que vive de futricas.

No meio da campanha, os analistas dos veículos tradicionais insistiram na tese de que o dono do governo Dilma seria o PMDB.

Que o partido de Temer teria uma participação muito maior na era Dilma do que na de Lula. E que o PT teria de se contentar com um naco muito menor de poder.

Na formação inicial do governo, essa tese não se confirmou. Muito pelo contrário.

O PMDB perdeu duas pastas importantes, Saúde e Comunicação, “trocadas” por Assuntos Estratégicos e Turismo, bem menores e menos influentes.

Comunicação e Saúde passaram exatamente para as mãos do PT. E para gente da estrita confiança da presidenta eleita, Alexandre Padilha e Paulo Bernardo.

O que está por trás dessa decisão de Dilma? Ela está querendo apenas mostrar quem manda no governo para o partido de Temer? Por que ela decidiu mexer no vespeiro da aliança política que a levou ao Palácio cutucando exatamente seu aliado preferencial?

De fato, há um sinal claro de que Dilma dá um recado geral: “o governo é de todos nós, mas a última palavra é minha”.

Mas isso não explica o risco que a operação política de tirar o PMDB do controle da Saúde e da Comunicação implica. Há um algo mais aí.

Dilma escolheu, entre outras, as áreas de Saúde e de Comunicação como estratégicas do seu governo. E por isso resolveu enfrentar as feras logo de cara para controlar esses setores.

Na Comunicação, a presidenta não deve deixar a regulação da mídia de lado, mas a menina dos olhos vai ser a Banda Larga.

Ao escolher Paulo Bernardo, Dilma aponta que essa será uma de suas prioridades, pois quando estava no Planejamento o ministro realizava o plano estratégico deste setor.

A Banda Larga com preço acessível para a classe C parece ter sido um dos programas eleitos por Dilma para ser uma das marcas do seu mandato. Não vai ser o seu Bolsa Família, mas tem potencial para ser algo como o Luz para Todos da era virtual.

Outra ação que Dilma quer tornar marca deste seu mandato é a melhoria no atendimento à saúde. Ou seja, acabar com as filas no SUS e dar padrão de qualidade no setor público à média do setor privado.

A intenção da presidenta parece ser a de levar à Saúde procedimentos semelhantes aos que foram implementados na Educação no que diz respeito ao gerenciamento estratégico da área e à construção de indicadores.

Dilma quer uma gestão inteligente no ministério e tinha convicção de que isso só poderia ser realizado por alguém com tino político, mas sem compromissos de compadrio. Por isso, escolheu Padilha.

A ele vai caber a missão de trabalhar com senso de prioridade para mudar a realidade do setor sem fazer alarde, mas possibilitando que ao fim de quatro anos a presidenta possa falar da área com orgulho, o que não foi possível ao final dos oito anos de governo Lula.

A presidenta parece também estar convencida que a Saúde é fundamental para a ação de segurança pública ter eficiência no combate à proliferação do uso de drogas, especialemente o crack.

Furtos e pequenos crimes nas grandes cidades guardam relação com eessa droga e Dilma já tratou da questão em vários dos seus pronunciamentos, incluindo o discurso da posse no Congresso.

Ainda é cedo para fazer prognósticos sobre o governo que se inicia. Mas as primeiras cartas lançadas parecem mostrar que Comunicação e Saúde não serão patinhos feios deste governo.

Quanto ao PMDB, o partido vai ser compensado pelas perdas que teve nessas áreas. Isso já estava no cálculo.

Mas quanto mais chiar, menos vai levar. Na lógica de Dilma, não funciona a intimidação e a pressão. É bom o PMDB levar em conta que a nova presidenta não abriu o bico nem sob tortura. E na época era só uma jovem.

PS: Esta é a primeira nota de 2011. Agradeço a todos que contribuiram com este blog no ano passado e pretendo torná-lo, aos poucos, ainda mais atraente neste ano.
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Um comentário:

Nikacio Lemos Bitencult disse...

MENSAGEM PARA UM EX QUE ACHA AINDA SER O ATUAL.
Caro Ex presidente Lula e família, vocês que se intitulam donos do patrimônio público, nos fazendo de idiotas e de imbecis, demonstram com todas essas características própria de covardes e oportunistas, que não estão nem ai para o contribuinte.
Lula como ex presidente, manda seu ex ministro convidá-lo para passar férias em uma instituição publica(Exército) a qual é bancada pelo contribuinte, naturalmente deve ter pedido ao seu outro ministro um tal de Amorim, que encontrasse alguma brecha na lei(Burlando) para renovar os passaportes DIPLOMATICOS para seus filhos poderem continuar desfrutando de privilégios os quais não tem direito.
Enfim só tenho a dizer o seguinte desse ex presidente que subestima a paciência do povo.
Caro ex presidente, o senhor nos ENOJA !!!
Caro senhor ex presidente Lula , pode acreditar, suas atitudes imorais e indevidas as quais tem sido de explorar o contribuinte para se favorecer , tem limites.
Dizem que o povinho reproduz sua popularidade duvidosa, não liga para suas atitudes ilegais e imorais, mas se eu fosse o senhor o qual não sou com certeza, não ficaria tão crente nisso .
Se cuida senhor ex presidente, não subestime a paciência nem do seu povinho que reproduz sua popularidade duvidosa , ela pode lhe surpreender .
A propósito, tenha compostura e ética, se não como ex presidente , pelo menos côo homem e respeite o contribuinte parando de nos explorar .
Fui..
Nikacio lemos
23 anos
P.S. Caro senhor ex presidente, não pagamos impostos para manter seus privilégios e mordomias, pagamos impostos para ter melhores Hospitais, segurança Pública e Educação dentro do mínimo aceitável o que vem sendo inaceitável por seu governo não ter feito nada na pratica para mudar isso.
Portanto senhor Lula, pare de explorar o contribuinte querendo manter privilégios de chefe de estado o qual o senhor não é + .
Se tenha respeito !!!