O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) ganhou mais um reforço: a Telebrás assinou contrato de R$ 24,3 milhões com a empresa Medidata para o fornecimento de 2.274 Pontos de Presença da Rede para as 1.163 cidades do Sudeste e Nordeste que devem ser conectadas pelo PNBL ainda este ano.
Durante a assinatura do contrato, ocorrida ontem (9/2), o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, frisou a relevância da aquisição de equipamentos mais robustos para o roteamento de tráfego da rede, necessários para a congregação dos links de comunicação previstos no Plano. Na prática, esses equipamentos se destinam a unir os principais pontos de conexão da internet, agilizando o tráfego de dados, ou seja, melhorando a performance da conexão da internet nessas regiões.
“A parte mais importante da rede da Telebrás vai ser implementada por estes equipamentos, já que terão capacidade para transportar um volume muito grande de informações”, disse Santanna.
Segundo informações dos fabricantes, os equipamentos contratados permitirão atender mais de um bilhão de chamadas de vídeos simultaneamente.
Plano – O PNBL é um projeto do Ministério das Comunicações, com o objetivo de massificar, até 2014, a oferta de acessos banda larga e promover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomunicações do país.
O Core da Rede IP – adquirido no referido contrato – integra as soluções que estão sendo contratadas pela estatal para a implementação da rede nacional de telecomunicações. Entre elas, sistemas auxilares e serviços de borda também necessários para a implementação da rede IP, além de equipamentos ópticos e de rádio. O valor total licitado pela Telebrás para este tipo de equipamentos e serviços é de R$ 60,5 milhões, que podem ser contratados no período de um ano, já que a modalidade de aquisição utilizada foi pregão eletrônico com registro de preços.
Provedores – Para por em prática o PNBL, a Telebrás está cadastrando provedores interessados em usar as redes do governo e levar internet em alta velocidade a todos os cantos do país. Até agora, 284 empresas prestaram informações à Telebrás para oferecer conexão a preço mais baixo ao consumidor. Os processos estão em fase de análise e a operação estatal na banda larga só começa em abril. Nesse sentido, a Telebrás alerta que a autorização não foi liberada para nenhum provedor e que a estatal não entra em contato diretamente com a população.
Consumidores do Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte já relataram ter recebido ofertas de falsos provedores para prestar o serviço. Eles dizem que têm sinal verde da estatal para fornecer internet em alta velocidade desde já.
“A Telebrás não vendeu até agora e não está vendendo até abril nenhum megabit para nenhum provedor para nenhuma empresa. Então, se alguém telefonar para o usuário final oferecendo um acesso da Telebrás pode ter certeza que isso não é verdade”, frisou Santanna.
Técnicos da Telebrás vão analisar as informações dos provedores que estão se cadastrando. Só então, as autorizações devem sair do papel. As empresas têm de dizer o número de usuários atendidos, onde atuam e de que forma pretendem estender o serviço usando as redes de fibra óptica do governo. Com essa demanda em mãos, a Telebrás vai fazer o planejamento para facilitar a conexão.
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