Batedores, seguranças, encontros oficiais e até o tradicional presente que um chefe de estado entrega ao líder visitante. O ex-Presidente Lula, que voltou ontem a afirmar que precisa "desencarnar" do cargo, foi recebido no Senegal como se ainda estivesse sob mandato presidencial. Em Dacar para o Fórum Social Mundial (FSM), Lula chegou no domingo no jato cedido pelo ex-vice-presidente José Alencar, ao lado do ex-ministro Luiz Dulci e do ex-presidente do Sebrae Paulo Okamotto.
Na África para defender "um outro mundo possível", lema do FSM, o ex-presidente hospedou-se no Hotel Terrou-bi, onde, coincidentemente, um folheto promocional explicava que "um outro mundo é o seu mundo".
Ainda pela manhã, Lula foi ao Palácio do Governo para um encontro com o presidente Abdoulaye Wade. Todos as reuniões foram acompanhadas pela embaixadora do Brasil no Senegal, Maria Elisa Teófilo de Luna. Lula chegou ao palácio cercado de batedores e seguranças. Vestia uma camisa branca de mangas curtas e, sorridente, ouviu de Wade, de 84 anos e no segundo mandato (à espera do terceiro), que estava "em forma".
A vida de ex-presidente é melhor do que a de presidente - brincou Lula.
Na saída do Palácio, o brasileiro ganhou um presente de Wade, uma espécie de miniatura de um instrumento musical tradicional. A entrega ou troca de presentes é típica de chefes de estado.
No evento, sendo tratado todo o tempo como o Presidente, Lula disse que a presidente Dilma Rousseff certamente participará.
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