terça-feira, 9 de agosto de 2011

Como age o terrorismo de mercado


Fernando Brito, Projeto Nacional

“Há três meses atrás, os jornais faziam alarde sobre uma “onda” de falências e concordatas, provocada, de um lado, pelo aumento dos juros e, de outro, por uma suposta retração da economia.

Era -como tantas outras coisas de um jornalismo econômico superficial e que se baseia, quase que exclusivamente, no que dizem as “fontes”, desprezando a análise da realidade – conversa fiada.

Naquela ocasião, já era possível mostrar que isso não era um fato real. E fizemos, com o deputado Brizola Neto, isso.

Agora, sai uma notícia no jornal Brasil Econômico mostrando como era mais que conversa fiada, mas um completo disparate, “vendendo” às pessoas a impressão de uma crise que não existia. As falências, de janeiro a julho deste ano, nada menos que 16%!

De janeiro a julho, 378 empresas decretaram falência, contra 450 no mesmo período de 2010, segundo dados da Serasa Experian divulgados nesta segunda-feira (8/8).

Desse total de falências, 340 são de micro e pequenas empresas, 25 de médias e 13 de grandes companhias. Ainda no período, os requerimentos de falências de empresas caíram 6,4% em todo país”.

Este catastrofismo, com a eclosão da nova etapa da crise mundial, vai aumentar.

A economia, como toda atividade humana, é uma soma entre o racional e o emocional. Abalar a confiança na nossa capacidade de manter o crescimento da atividade econômica em meio a problemas externos é, também, uma forma de inviabilizar politicamente uma orientação de política econômica diferente daquela que só nos manteve no atraso.

Como o terrorismo político, também o econômico se vale das ameaças de bombas.”

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