Patrício Aylwin foi o primeiro presidente civil do Chile do período chamado de “Transición”.
Pinochet deixou a Presidência, mas era o Ministro da Defesa, para sempre, até morrer.
Nomeava quem quisesse.
E tinha Orçamento próprio.
(Ao mesmo tempo em que lavava dinheiro no Riggs Bank, de Washington.)
Quando trabalhava na Globo de Nova York, este ansioso blogueiro cobriu a visita que o presidente George Bush, pai, fez a vários países da América Latina, para vender uma espécie de Alca,
aquela do Tony Palocci.
Bush esteve com Collor em Brasília.
Chegou a Buenos Aires pouco depois de Menem abafar uma rebelião militar.
Bush disse na Casa Rosada, com peronistas aos berros, do lado de fora: acabou o tempo dos ditadores.
A comitiva – eram três aviões – cruzou a Cordilheira dos Andes numa manhã radiosa e pousou em Santiago.
Na pista, majestoso, como um General da Banda, num pódio elevado, Pinochet.
E o mesmo Bush elogia o Governo Pinochet.
E segue para a casa – discreta, num bairro burguês – do suave Aylwin, que deixaria o Governo pouco depois.
Durante muito tempo, o poder no Chile foi compartilhado, constitucionalmente, pelo Presidente civil e o Ministro da Defesa, Pinochet.
Johnbim queria ser o Pinochet da Dilma.
O guardião da Ordem militar.
Era quem guardava a chave dos porões em que se escondia a tigrada.
Foi Johnbim quem detonou o ínclito delegado Paulo Lacerda, com a babá eletrônica, que só não se tornou mais ridícula do que o grampo sem áudio, ou áudio sem grampo, do Gilmar Dantas (*).
Foi Johnbim quem boicotou a Comissão da Verdade, através do PiG(**).
E destratou, em termos – como sempre - deselegantes, o Ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.
Johnbim é Cerra, o último autoritário.
(Johnbim era o penúltimo.)
Johnbim é um herói dos conservadores, aquele que adultera a Constituição e todo mundo acha muito engraçado.
Johnbim achou que ele é quem ia comprar os caças.
Que ele tinha um Orçamento próprio, como o Pinochet.
Se houvesse uma tentativa de Golpe da Direita, amigo navegante: o Johnbim ia votar no Cerra ou na Dilma?
A Presidenta podia confiar no “dispositivo militar” que o Assis Johnbim Brasil montasse para defendê-la dos Golpistas, o pessoal da UDN de varejo ?
A
Eliane Catanhede na Folha (***) e o Estadão citam militares anônimos – é uma especialidade da casa, fontes anônimas – que estão uma fera com o Celso Amorim.
Este ansioso blogueiro entende a razão: Johnbim se fué.
Paulo HenriqueAmorim(*)
Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.(**)
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.(***)
Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Também do Blog CONVERSA AFIADA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário