domingo, 7 de agosto de 2011

A grande piada do dia

Homer Jay Simpson não acreditou...
...mas nós acreditamos e praticaremos!
Organizações Globo divulgam documento com princípios editoriais
A íntegra do texto "Princípios editoriais das Organizações Globo" pode ser acessada pelo link http://g1.globo.com/principios-editoriais-das-organizacoes-globo.html ou a partir dos menus de todos os sites jornalísticos do grupo.
Definição de jornalismo
O documento está dividido em três seções: I) Os atributos da informação de qualidade; II) Como o jornalista deve proceder diante das fontes, do público, dos colegas e do veículo para o qual trabalha; III) Os valores cuja defesa é um imperativo ao jornalismo.
No preâmbulo, está a definição de jornalismo adotada pelas Organizações Globo. "Jornalismo é o conjunto de atividades que, seguindo certas regras e princípios, produz um primeiro conhecimento sobre fatos e pessoas".
Os atributos da informação de quaIidade
A Seção I do documento trata de forma detalhada o que define como os três atributos da informação de qualidade: a isenção, a correção e a agilidade.
ISENÇÃO - O documento expõe as posturas e os procedimentos exigidos dos profissionais e dos produtos jornalísticos do grupo para que o material publicado como notícia se afaste ao máximo de subjetivismos, de opiniões pessoais - e ofereça vários ângulos dos acontecimentos.
Para atingir a isenção, o texto dá indicações como:
- "o contraditório deve ser sempre acolhido";
- "não pode haver assuntos tabus";
- "o trabalho jornalístico é essencialmente coletivo, e errarão menos aqueles que ouvirem mais";
- "os jornalistas das Organizações Globo devem evitar situações que possam provocar dúvidas sobre o seu compromisso com a isenção"; e
- "todo esforço deve ser feito para que o público possa diferenciar o que é publicado como comentário, como opinião, do que é publicado como notícia, como informação".
CORREÇÃO - A correção da informação, diz o documento, "é aquilo que dá credibilidade ao trabalho jornalístico". "Estar correto é procurar descrever e analisar os fatos da maneira mais acurada, dadas as circunstâncias do momento".
Os princípios editoriais enumeram procedimentos que levam a uma informação mais correta. Por exemplo, não apenas a checagem minuciosa dos fatos, mas também a consulta a especialistas e a atenção máxima às observações vindas do público, sejam elas positivas ou negativas.
O documento indica que "erros devem ser corrigidos, sem subterfúgios e com destaque. Não há erro maior do que deixar os que ocorrem sem a devida correção" e que "os veículos das Organizações Globo têm obrigação de se fazer entender".
AGILIDADE - Sobre agilidade, o texto trata de que forma buscar a informação exclusiva, o furo, no jargão profissional, mas sem abrir mão da isenção e da correção. Diz que "a notícia tem pressa", mas "a rapidez necessária ao trabalho jornalístico não se confunde com precipitação: nenhuma reportagem será publicada sem que esteja apurada dentro de parâmetros seguros de qualidade".
Lealdade com a notícia e sem sensacionalismo
A Seção II indica os princípios para o jornalista proceder diante das fontes, do público, dos colegas e do veículo para o qual trabalha. São normas de conduta ética, essenciais para preservar os atributos defendidos no documento.
"Fazer e manter boas fontes é um dever de todo jornalista. Como a isenção deve ser um objetivo permanente, é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia", diz o texto.
Outro princípio é: "Nenhum veículo das Organizações Globo fará uso de sensacionalismo, a deformação da realidade de modo a causar escândalo e explorar sentimentos e emoções com o objetivo de atrair uma audiência maior. O bom jornalismo é incompatível com tal prática. Algo distinto, e legítimo, é um jornalismo popular, mais coloquial, às vezes com um toque de humor, mas sem abrir mão de informar corretamente".
"A regra de ouro é divulgar tudo, na suposição de que a sociedade é adulta e tem o direito de ser informada. A crença de que os veículos jornalísticos, ao não fazerem restrições a temas, estimulam comportamentos desviantes é apenas isso: uma crença", diz.
Entre outras, a Seção II traz indicações como:
- "Pessoas públicas – celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre outros – por definição, abdicam em larga medida de seu direito à privacidade";
- "As redações dos veículos das Organizações Globo são absolutamente independentes umas das outras e competem entre si pelo furo, pela reportagem exclusiva. Esta é uma tradição que vem desde a origem do grupo e que tem se mostrado profícua: evita a pasteurização do noticiário e estimula o pluralismo de abordagens";
- "Os jornalistas são em grande medida responsáveis pela imagem dos veículos para os quais trabalham e devem levar isso em conta em suas atividades públicas, evitando tudo aquilo que possa comprometer a percepção de que exercem a profissão com isenção e correção";
- "O sigilo sobre as fontes é inviolável".
Independente, apartidária e laica
A última seção do documento destaca o compromisso com a defesa intransigente de valores sem os quais uma sociedade não pode se desenvolver plenamente: "As Organizações Globo serão sempre independentes, apartidárias, laicas e praticarão um jornalismo que busque a isenção, a correção e a agilidade, como estabelecido aqui de forma minuciosa. Não serão, portanto, nem a favor nem contra governos, igrejas, clubes, grupos econômicos, partidos. Mas defenderão intransigentemente o respeito a valores sem os quais uma sociedade não pode se desenvolver plenamente: a democracia, as liberdades individuais, a livre iniciativa, os direitos humanos, a república, o avanço da ciência e a preservação da natureza".
Ações que ameacem esses valores devem, segundo o documento, receber atenção especial. Mas há a ressalva: "Essas ações devem ser retratadas com espírito isento e pluralista, acolhendo-se amplamente o contraditório, de acordo com os princípios aqui descritos, de modo a que o público possa concluir se há ou não riscos e como se posicionar diante deles".
O documento termina com a indicação: "Queremos ser o ambiente onde todos se encontram. Entendemos mídia como instrumento de uma organização social que viabilize a felicidade. O jornalismo que praticamos seguirá sempre este postulado".

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