terça-feira, 9 de agosto de 2011

PRINCÍPIOS EDITORIAIS DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO: "Mas... esse documento é ridículo!"

O documento de "princípios" da Rede Globo é um amontoado de lugares-comuns. E é 'declaração' de 'princípios' totalmente desnecessária, inútil, coisa que dá bandeira. E não se entende muito bem para quê, a Rede Globo expôs-se a ridículo tão completo.

É documento tosco, mal pensado, mal construído, redigido por gente que não entende do riscado. Pra piorar, o documento é visivelmente escrito por gente que nunca ouviu falar de jornalismo de democratização e, pior, por gente que tem certeza de que ninguém jamais ouviu falar de jornalismo de democratização. Pode existir ingenuidade simplória mais simplória?!

A Rede Globo não defende bem, sequer, o próprio negócio! A Rede Globo defende o seu direito liberal de empreender, com argumentos do Instituto Milênio [risos, risos]. Escreveriam exatamente o mesmo bobajol, se fossem empresa que vende salsichas. Por que não mudam de ramo?

É infinitamente mais fácil impingir salsichas ruins ao público consumidor, do que impingir jornalismo de péssima qualidade a eleitores que já ultrapassamos a fase da 'ética' das senhoras-de-Santana as quais, essas sim, a Rede Globo tão cabalmente manifestou. Mas isso é passado!

Daqueles tempos até hoje, a Rede Globo já perdeu TRÊS eleições presidenciais! Será que não sabem (nem) disso?!

Qualquer bom rótulo bem marquetado, faz de qquer salsicha ruim objeto de desejo.

Mas quem, no mundo contemporâneo, exposto ao besteirol TOTAL que a Rede Globo impinge aos seus consumidores, passará a querer mais do mesmo besteirol? Quem, exposto ao besteirol da Miriam Leitão, passará a querer mais besteirol da Míriam Leitão? Quem, exposto ao besteirol do Alexandre Garcia, passará a querer mais Alexandre Garcia?! Pouca gente. Pouca gente. Cada dia, menos gente. E por isso, precisamente, os números da Rede Globo são hoje despencantes.

A ninguém interessa que qquer doido se ponha a 'comunicar' o que lhe dê na telha, como pretendem conseguir os três Marinhos Filhos que assinam aquele documento ridículo (parece autoflagelação!).

Nem o direito de empreender garante qualquer direito a quem só saiba produzir salsichas velhas, podres!

Dizer que não faz e só fazer?! Essa é a solução mais burra que pode haver, para qualquer um. Para empresa de comunicação, então, é como assinar atestado de incompetência.

Se a Rede Globo quer continuar a fazer o que sempre fez, que continue a fazer! Que faça! Todo e qualquer negócio carrega seu risco. Que encarem! Que continuem a fazer o pior jornalismo do mundo! Problema deles, dos donos, dos acionistas, dos anunciantes.

Mas ninguém precisaria expor-se ao ridículo de tentar convencer alguém, de que faz o que jamais fez: jornalismo de democratização; e de que não faz a única coisa que faz e sempre fez, porque é só o que a Rede Globo sabe fazer: o pior jornalismo do mundo.

Zilhões de brasileiros que elegemos Lula e depois Dilma SABEMOS que a Rede Globo NÃO É "independente, apartidária".

A Rede Globo sempre foi instrumento que o poder mais reacionário do Brasil sempre manipulou o quanto quis, para onde bem entendesse. Se esse reacionarismo pervertido, servil, foi paixão sincera, no Dr. Roberto, agora, na segunda geração, nem paixão é! É só incompetência e conservadorismo doentios, repetição de conversê metido a liberal atrasista, padrão "Grupo Lide", padrão Sardembergh, padrão William Waack -- e frágeis, desmascarados, expostos, aí, a vista de todos.

Zilhões de brasileiros que elegemos Lula e depois Dilma SABEMOS que a Rede Globo nunca, em 90 anos, praticou "um jornalismo que busque a isenção, a correção". William Waack JAMAIS buscou qualquer correção, se alguma correção for diferente das convicções pessoais do William Waack. William Waack só vive para REPETIR suas próprias crenças pessoais, e repetir, repetir, repetir. Que ele acredite que todos acreditem nele... é problema dele. Mas... expor-se ao mundo, como sinceramente empenhado naquele bobajol todo, com fé fundamentalista?! Por quê?

Esse documento é uma espécie de 'declaração de virgindade' da Luz del Fuego. A quem interessaria essa 'virgindade' autoproclamada e tão visivelmente e sabidamente inexistente?!

Por que pôr, por escrito, tooooooooooooooooodas as mentiras de que a Rede Globo fez meio de vida (tanto quanto instrumento de terror e chantagem)?

Quem teve a ideia ridícula, de escrever esse documento?! Quem autorizou a divulgação desse documento patético?!


A impressão que sobra, desse documento tolo, ginasiano, simplório, ingênuo, é que a Rede Globo está tentando enganar alguém. Quem? Talvez... os acionistas? Talvez... os empregados? Talvez algum comprador estrangeiro? Quem?

Se esse documento é o máximo que a Rede Globo tem a dizer em defesa dela mesma... então a situação é MUITO MELHOR do que eleitores brasileiros pensávamos [risos, risos].


+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

SEÇÃO III
OS VALORES CUJA DEFESA É UM IMPERATIVO DO JORNALISMO

(em http://g1.globo.com/principios-editoriais-das-organizacoes-globo.html#secao-3)

As Organizações Globo serão sempre independentes, apartidárias, laicas e praticarão um jornalismo que busque a isenção, a correção e a agilidade, como estabelecido aqui de forma minuciosa. Não serão, portanto, nem a favor nem contra governos, igrejas, clubes, grupos econômicos, partidos. Mas defenderão intransigentemente o respeito a valores sem os quais uma sociedade não pode se desenvolver plenamente: a democracia, as liberdades individuais, a livre iniciativa, os direitos humanos, a república, o avanço da ciência e a preservação da natureza.

Para os propósitos deste documento, não cabe defender a importância de cada um desses valores; ela é evidente por si só. O que se quer é frisar que todas as ações que possam ameaçá-los devem merecer atenção especial, devem ter uma cobertura capaz de jogar luz sobre elas. Não haverá, contudo, apriorismos. Essas ações devem ser retratadas com espírito isento e pluralista, acolhendo-se amplamente o contraditório, de acordo com os princípios aqui descritos, de modo a que o público possa concluir se há ou não riscos e como se posicionar diante deles.

A afirmação destes valores é também uma forma de garantir a própria atividade jornalística. Sem a democracia, a livre iniciativa e a liberdade de expressão, é impossível praticar o modelo de jornalismo de que trata este documento, e é imperioso defendê-lo de qualquer tentativa de controle estatal ou paraestatal. Os limites do jornalista e das empresas de comunicação são as leis do país, e a liberdade de informar nunca pode ser considerada excessiva.

Esta postura vigilante gera incômodo, e muitas vezes acusações de partidarismos. Deve-se entender o incômodo, mas passar ao largo das acusações, porque o jornalismo não pode abdicar desse seu papel: não se trata de partidarismos, mas de esmiuçar toda e qualquer ação, de qualquer grupo, em especial de governos, capaz de ameaçar aqueles valores. Este é um imperativo do jornalismo do qual não se pode abrir mão.

Isso não se confunde com a crença, partilhada por muitos, de que o jornalismo deva ser sempre do contra, deva sempre ter uma postura agressiva, de crítica permanente. Não é isso. Não se trata de ser contra sempre (nem a favor), mas de cobrir tudo aquilo que possa pôr em perigo os valores sem os quais o homem, em síntese, fica tolhido na sua busca por felicidade. Essa postura está absolutamente em linha com o que rege as ações das Organizações Globo. No documento “Visão, Princípios e Valores”, de 1997, está dito logo na abertura: “Queremos ser o ambiente onde todos se encontram. Entendemos mídia como instrumento de uma organização social que viabilize a felicidade.”

O jornalismo que praticamos seguirá sempre este postulado.

Do e-mail enviado por Beatrice.Lista.

Nenhum comentário: