A cada 1000 posts publicados o ContrapontoPIG homenageia um blogueiro de real valor na blogosfera progressista.
Homengem do ContrapontoPIG
Marco Aurélio Mello
Por
ocasião da publicação do post de nº 8000 o ContrapontoPIG, presta uma
homenagem ao blogueiro Marco Aurélio Mello do Blog DoLaDoDeLá, por suas posições de coragem e equilíbrio.
- Marco Aurélio Mello. Jornalista formado pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Há mais de 20 no ar.
Sob Pressão da Nova Opinião Pública
Do DoLaDoDeLá - 28/04/2012
Marco Auréli0 Mello
A editora Abril e sua principal publicação, a Revista Veja, estão sob intenso bombardeio das redes sociais. No Twitter, ativistas se mobilizam para levantar às seis da tarde a tag #vejagolpista, em decorrência das escutas envolvendo Carlinhos Cachoeira, o editor Policarpo Jr. e o famoso grampo no Hotel Naoum, em Brasília, onde José Dirceu foi flagrado em reuniões políticas.
Às 16h30, uma hora e meia antes já se tinha uma prévia:
Coincidentemente hoje, a Revista Veja é citada como exemplo pela jornalista Elaine Tavares, em entrevista ao Brasil de Fato. Elaine acaba de publicar o livro: Em busca da Utopia – os caminhos da reportagem no Brasil, dos anos 50 aos anos 90 (Florianópolis: Edição pelo Instituto de Estudos Latino-americano-Americanos, 2012). Leia o que Elaine diz:
"A Veja é um caso de autofagia (de uma empresa) em nome de um modelo de mundo. Explico. Ela nasce nos anos 1970 dentro da mesma editora que fazia a Realidade, que era uma beleza de revista, com reportagens incríveis. E ela vem para implantar no Brasil um estilo de jornalismo que assomava nos Estados Unidos. Essa coisa insossa de informação sem contexto, e que não é uma ação sem sentido. Ela é parte de um modo de ser e estar no mundo. Escrever como se estivesse informando, mas sem na verdade informar. A Veja entrou no mercado e matou a Realidade, que era o jornalismo de profundidade, que levava ao pensamento, ao questionamento. A mesma empresa mata uma revista boa para que a revista ruim pudesse começar a atuar como a usina ideológica de um modelo que se queria para o Brasil. Foi um projeto utópico (distópico) da classe dominante. Trazer a “modernidade“ e emburrecer as pessoas. Encurtam os textos, tiram o contexto, passam a doutrinar. Já não era mais jornalismo. Basta ver o que é a Veja hoje: uma máquina de propaganda da distopia da direita brasileira. Jornalismo ali é coisa rara. Quando aparece é obra solitária de algum jornalista."
Não tenho medo de dizer que, o que estamos assistindo pela internet, é o resgate da Utopia no jornalismo. Uma prática jornalística disposta, segundo a palavras da própria autora, a levar o “leitor/espectador a pensar, a se desalojar do mundo tal qual ele é – injusto, opressor, excludente”.
Vale a pena ler a entrevista da Elaine na íntegra, aqui.
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