Alguém lembra de quando Gilmar
Mendes se juntou a Demóstenes e mentiram que tinha grampo no STF, para
prejudicar Lula? Olha a casa do Gilmar Mendes caindo
Em uma conversa entre o senador
Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia
Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a
Cachoeira que ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Gilmar Mendes para levar à máxima corte do país uma ação
bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg). No
diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e ocorreu no dia 16 de
agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao
tratá-lo apenas como "Gilmar".
"Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar.
Deu repercussão geral pro trem aí", contou o senador, referindo-se a um
instrumento processual que permite aos ministros escolherem os recursos
que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica
ou social.
Considerada por muitos políticos
goianos má "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em
dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Demóstenes avaliou a
Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor
com uma decisão judicial. "Dependendo da decisão dele, pode ser que essa
Celg... essa Celg se salva (sic), viu?", disse. "Eu acho que esse trem
pode dar certo, viu?ele que consegue tirar uns dois... três bilhões das
costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?"
Ao que Cachoeira responde: "Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?"
Demóstenes e Gilmar Mendes foram
motivo de polêmica quando, em 2008, a revista Veja publicou uma
reportagem com uma suposta conversa entre ambos que teria sido grampeada
ilegalmente. Os dois confirmaram a existência da conversa, mas a
revista nunca publicou o áudio do diálogo.
A Celg foi motivo de m embate no
Estado de Goiás quando, no fim de 2010, o então governador eleito
Marconi Perillo (PSDB) anunciou, durante o período de transição, que não
cumpriria um acordo costurado entre a gestão Alcides Rodrigues (PP) e o
governo federal, que previa empréstimos da Caixa Econômica Federal
(CEF) ao Estado de Goiás para tirar a companhia energética do atoleiro. A
justificativa da equipe marconista era que o acordo continha cláusulas
prejudiciais ao Estado. O governo Alcides viu motivação política na
decisão da equipe de transição. Um ano depois, no fim de 2011, Marconi
fechou um acordo com o governo federal para transferir à União o
controle acionário da Celg, que foi federalizada. Do Estadão
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