Privilegiado, tomei café esta tarde com o Azenha (Vi o Mundo) e o Rodrigo (Escrevinhador),
e chegamos à conclusão de que desta vez o PIG - Partido da Imprensa
Golpista - atravessou a linha divisória entre a crítica jornalistica e a
ação golpista escancarada.
O confronto está em campo aberto e, apesar da perspectiva do planalto de
que, passada a disputa eleitoral o clima voltará a ficar ameno e seco,
concluímos que é um caminho sem volta: Globo, Abril e Folha (os outros
não contam, porque são pequenos e não agem tão ostensivamente) não
podem mais recuar.
Agora, para eles é o tudo ou nada! Com perda crescente de influência
política, vão abusar do poder econômico, da mentira e da dissimulação
para falsear a realidade. Não por acaso começa a aumentar na sociedade o
volume dos que clamam pelo cumprimento da regulamentação existente e
pedem um novo marco regulatório que possa - a exemplo da Argentina -
pulverizar a produção de conteúdo e desconcentrar os meios hoje nas mãos
de poucos.
Esta tendência tem crescido entre os partidos da base governista. No
entanto, as resistências são enormes dentro do próprio Partido dos
Trabalhadores. Há uma turma - alguns com poder de decisão - que acha que
pode levar a imprensa em banho maria. Discordo. Não haverá trégua. A
questão não é mais financeira, é ideológica! O Governo não sairá das
cordas até 2014, inclui-se aí o ex-presidente Lula, a atual presidente,
Dilma, e todos que direta ou indiretamente tem peso político.
Mas este debate tem que ir a campo. É necessária uma campanha oficial de
conscientização pública sobre os direitos e deveres da mídia. É
necessário explicar como funcionam os incentivos, as renúncias fiscais e
a distribuição do bolo publicitário oficial. As pessoas querem
entender melhor e opinar. Nem que seja por meio de um projeto de
consulta popular. Precisamos avançar na questão das comunicações
urgentemente. A hora é essa!
No DoLaDoDeLá
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