sábado, 3 de novembro de 2012

Mais uma mentira mesmo, ou só “inverdade”, Noblat?



Nesta terça (30), em discurso no Plenário, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo. Em seu discurso, Vanessa lamentava o fato de que um jornalista com sua experiência ter ido ao programa de Jô Soares para "falar inverdades em cadeia nacional”. Coincidência ou não, esta semana, a blogosfera se lembrou do álibi de mentira, sem eufemismos, que o jornalista pregou em conjunto com o então senador José Roberto Arruda, na época da violação do painel do Senado.
No plenário, Graziotin disse: “Não admito, como alguém que tem mais de 30 anos de vida pública, como alguém que já foi vereadora na cidade de Manaus, como alguém que já foi deputada federal por três mandatos e senadora da República, que um jornalista vá a um programa tão importante quanto o Programa do Jô falar inverdades e que estas passem por verdades”. Durante a entrevista ao Jô, Noblat acusou Vanessa de ter montado um farsa para “se vitimizar” e mudar o quadro eleitoral, no episódio em que ela foi agredida por um militante do adversário, o tucano Arthur Virgílio Neto, quando chegava para o debate organizado pela TV Em Tempo, retransmissora do SBT.
Imagens: A Justiceira de Esquerda
Direito de resposta – Vanessa disse que conversou por telefone com o apresentador Jô Soares, a quem enviará as explicações e provas das denúncias que fez na Justiça Eleitoral e à Polícia do Amazonas e mostrar o que teria acontecido no debate. A senadora pediu para que “a verdade fosse reposta”, porque a agressão que sofreu no primeiro turno da eleição não foi apenas física. “Foi uma agressão moral também, e isso está tudo devidamente anunciado e comprovado nas ações que nós ajuizamos junto à Justiça Eleitoral e no próprio inquérito que foi aberto pela Polícia do meu estado”, explicou.
“Pedi a ele [Jô Soares] que, se possível, reparasse tudo aquilo que foi dito pelo jornalista Ricardo Noblat e que, repito, não corresponde à realidade. Tanto é que, baseado em uma denúncia-crime apresentada por mim junto ao Tribunal Regional Eleitoral, esse senhor, esse jornalista, foi multado em R$ 65 mil, exatamente pelo fato de disseminar, de noticiar, fatos que não corresponderam à realidade do que ocorreu na cidade de Manaus”, contou Vanessa.
Álibi de Arruda – Vanessa Graziotin não devia se espantar com o que diz o jornalista, que na época do escândalo da violação do painel de votações do Senado, em 2001, Arruda era o líder do então presidente Fernando Henrique Cardoso na Casa e precisava provar que não estava “na cena do crime” e portanto não poderia ter conversado com Regina Borges, a diretora da Prodasen que comandou a violação do painel. Arruda disse que estava em um restaurante com Noblat e leu um documento redigido pelo jornalista na tribuna senatorial.
“Recebi um telefonema de um insuspeito jornalista, Ricardo Noblat, dizendo que estava me esperando no Piantella”, afirmou Arruda da tribuna do Senado. Dias depois, a farsa caiu por terra e o próprio Noblat, que redigira o insuspeito documento. “É mentira. Não telefonei para o senador e quando cheguei ao restaurante ele já estava lá”, negou Noblat. E desta vez é mentira ou inverdade, caro colega?


No Brasília em Pauta

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