O operador Marcos
Valério
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“Em qualquer análise à nossa grande
imprensa (ela prefere chamar-se de ‘mídia’), lamentável é a necessidade de
repetir, cem vezes repetir e continuar repetindo, que o objeto de nossos
‘meios’ não é informar (já ninguém cobra isenção), mas manipular a informação,
e fazê-lo de forma aética, porque escondida, negada, negaciada. A grande
imprensa, senhorial, travestida no papel de vestal, toma partido, distorce os
fatos segundo seus interesses econômicos-políticos, posando de imparcial.
Aliás, penso que a questão de fundo já não é a manipulação, o partis pris, mas a insistência em
apresentar-se como isenta, na tentativa de conquistar abono social para sua má
conduta. Julga-se acima do bem e do mal, acima das leis e do Estado, mas, ao
contrário da mulher de César, não é séria, nem parece ser séria.
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