A maioria preferiu
as medidas econômicas
adotadas por Obama
ao retorno do
American Dream
proposto por Romney
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Gianni Carta, CartaCapital
“Não
foi uma vitória histórica como aquela de 2008. No entanto, a reeleição de
Barack Obama, em plena crise econômica, representa a escolha da igualdade
social para todos os cidadãos perante a Constituição. Por tabela, foi derrotada
a pior face do conservadorismo norte-americano encarnado por Mitt Romney.
Romney, aliado do Tea Party e de outras legendas de ultradireita a impor seus credos antiliberais no povo, teria disseminado o egoísmo ultraliberal. Seria difícil confiar em um presidente com contas em paraísos fiscais como o faz Romney.
Obama, por sua vez, decepcionou aqueles que viam o carismático e articulado negro como o sucessor de Franklin Roosevelt. Faltou audácia ao 44º presidente. E será difícil que no segundo mandato ele se torne mais combativo.
O primeiro mandato do centrista Obama, contudo, tem de ser avaliado no contexto da profunda crise econômica. Ele evitou o colapso da economia sem recorrer a programas de austeridade, estabeleceu um sistema de saúde universal, e salvou a indústria automobilística.
Apesar da criação de postos de trabalho, o nível de desemprego – 8% – continua alto. A dívida pública explodiu. Mesmo assim, na semana passada uma maioria dos entrevistados por uma enquete Gallup revelava, pela primeira vez desde 2007, que dentro de um ano a situação econômica estará melhor.
Em suma, o voto em Obama é uma aposta em
uma economia mais saudável sob um programa de medidas coerentes e não
neoliberais. Colherá Obama os frutos de suas reformas econômicas? O tempo dirá.
Fundamental, vale repetir, é que a maioria de um país dividido preferiu as
medidas econômicas adotadas por Obama ao suposto retorno do American Dream proposto por Romney.”
Foto: AFP / Jewel Samad
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