Do Diário do Centro do Mundo - Postado em 03 Jan 2014
<iframe width="550" height="350" src="//www.youtube.com/embed/scL1jarxBm0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A quem a Globos e amigos do Millenium enganam?
Uma reportagem do Jornal Nacional que está no canal do Millenium no YouTube é um clássico, desde já, do cinismo jornalístico.
O tema é impostos.
Brasileiros simples são usados pela Globo para provar uma mentira: que os impostos no Brasil são elevados.
Comparativamente, observada a carga tributária de outros países, não são. Estamos – lamentavelmente – mais para o México, nisto, do que para a Escandinávia.
Na Escandinávia, a carga tributária é de cerca de 50% do PIB. No Brasil, gira em torno de 35%. No México, o número é pouco acima de 20%. Queremos ser o que, Escandinávia ou México?
A verdadeira tragédia fiscal, no Brasil, é que grandes empresas como a Globo simplesmente levaram ao estado da arte a sonegação.
Ao mesmo tempo em que repórteres da emissora armavam a reportagem acima, corria na Receita um caso sonegação e trapaça da Globo que, em outros países, geraria vergonha pública e prisão.
É hoje amplamente conhecida, graças ao blog Cafezinho, que a Receita flagrou a Globo numa operação desonesta na compra dos direitos da Copa de 2002.
A Globo, contabilmente, afirmou que estava fazendo um investimento no exterior (aliás, num paraíso fiscal).
Apanhada em flagrante delito, foi multada pela Receita. A dívida total, em dinheiro de 2006, era de 615 milhões de reais, segundo documentos da Receita vazados para o blog.
A Globo, depois de tergiversar, admitiu o caso. Mas afirmou ter quitado a dívida. Jamais mostrou o darf, o recibo, e um novo vazamento da Receita afirmou que na verdade a dívida não fora paga.
Se não bastasse tudo isso, uma funcionária da Receita tentou fazer desaparecer a papelada do processo. Se fosse bem sucedida, isso significaria que a Globo, como que por mágica, estaria livre de uma dívida de 615 milhões de reais.
Numa pancada formidável no interesse público, a mídia não se animou a cobrir um escândalo de tal magnitude. A Folha ensaiou, com atraso, mas o rabo preso a deteve rapidamente.
Na reportagem que figura no canal do Millenium no YouTube, somos obrigados a ouvir que o dinheiro do imposto constrói escolas, hospitais etc.
É verdade. Mas para a Globo é bom que se construa tudo aquilo e muito mais – desde que não seja com seu dinheiro.
Apenas para lembrança, nem sobre o papel utilizado para fazer o Globo e as revistas da casa a emissora paga imposto.
É o chamado “papel imune”, do qual se beneficiam as empresas de mídia que tanto falam em impostos elevados.
Elas também gozam de uma abjeta reserva de mercado, o que as poupa da competição estrangeira. Um dos pilares do Millenium é a “economia de mercado”, mas para os outros. Competir com empresas internacionais não é para os valentes capitalistas aninhados no Millenium.
O Brasil vai ser melhor quando um comportamento como o da Globo simplesmente não for tolerado, como acontece na Escandinávia.
Uma predação fiscal de tal magnitude, entre os escandinavos, mata qualquer empresa.
Mas entre nós não. Ou, pelo menos, ainda não.
A Globo ainda se sente no direito de fazer extensas reportagens em que pessoas humildes são manipuladas.
A quem apelar?
O JN falando da carga fiscal é de um cinismo impressionante.
Uma reportagem do Jornal Nacional que está no canal do Millenium no YouTube é um clássico, desde já, do cinismo jornalístico.
O tema é impostos.
Brasileiros simples são usados pela Globo para provar uma mentira: que os impostos no Brasil são elevados.
Comparativamente, observada a carga tributária de outros países, não são. Estamos – lamentavelmente – mais para o México, nisto, do que para a Escandinávia.
Na Escandinávia, a carga tributária é de cerca de 50% do PIB. No Brasil, gira em torno de 35%. No México, o número é pouco acima de 20%. Queremos ser o que, Escandinávia ou México?
A verdadeira tragédia fiscal, no Brasil, é que grandes empresas como a Globo simplesmente levaram ao estado da arte a sonegação.
Ao mesmo tempo em que repórteres da emissora armavam a reportagem acima, corria na Receita um caso sonegação e trapaça da Globo que, em outros países, geraria vergonha pública e prisão.
É hoje amplamente conhecida, graças ao blog Cafezinho, que a Receita flagrou a Globo numa operação desonesta na compra dos direitos da Copa de 2002.
A Globo, contabilmente, afirmou que estava fazendo um investimento no exterior (aliás, num paraíso fiscal).
Apanhada em flagrante delito, foi multada pela Receita. A dívida total, em dinheiro de 2006, era de 615 milhões de reais, segundo documentos da Receita vazados para o blog.
A Globo, depois de tergiversar, admitiu o caso. Mas afirmou ter quitado a dívida. Jamais mostrou o darf, o recibo, e um novo vazamento da Receita afirmou que na verdade a dívida não fora paga.
Se não bastasse tudo isso, uma funcionária da Receita tentou fazer desaparecer a papelada do processo. Se fosse bem sucedida, isso significaria que a Globo, como que por mágica, estaria livre de uma dívida de 615 milhões de reais.
Numa pancada formidável no interesse público, a mídia não se animou a cobrir um escândalo de tal magnitude. A Folha ensaiou, com atraso, mas o rabo preso a deteve rapidamente.
Na reportagem que figura no canal do Millenium no YouTube, somos obrigados a ouvir que o dinheiro do imposto constrói escolas, hospitais etc.
É verdade. Mas para a Globo é bom que se construa tudo aquilo e muito mais – desde que não seja com seu dinheiro.
Apenas para lembrança, nem sobre o papel utilizado para fazer o Globo e as revistas da casa a emissora paga imposto.
É o chamado “papel imune”, do qual se beneficiam as empresas de mídia que tanto falam em impostos elevados.
Elas também gozam de uma abjeta reserva de mercado, o que as poupa da competição estrangeira. Um dos pilares do Millenium é a “economia de mercado”, mas para os outros. Competir com empresas internacionais não é para os valentes capitalistas aninhados no Millenium.
O Brasil vai ser melhor quando um comportamento como o da Globo simplesmente não for tolerado, como acontece na Escandinávia.
Uma predação fiscal de tal magnitude, entre os escandinavos, mata qualquer empresa.
Mas entre nós não. Ou, pelo menos, ainda não.
A Globo ainda se sente no direito de fazer extensas reportagens em que pessoas humildes são manipuladas.
A quem apelar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário