Em seu blog, o delator do chamado 'mensalão' publica uma análise sobre
os 'rolezinhos', movimento que, segundo ele, "pode descambar"; ninguém
pode prever, diz ele, se os "até aqui inocentes 'rolezinhos' vão acabar
virando gigantescas invasões de shoppings, com quebra-quebra
generalizado e resultados imprevisíveis"; ele torce para que o fenômeno,
"assim como o verão, passe"
247 - O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do chamado 'mensalão', publicou em seu blog
uma "análise" sobre o recente movimento denominado "rolezinho". Segundo
ele, para se prevenirem, os shopping centers "não deveriam abrir nos
dias de 'rolés'". Isso porque, em sua avaliação, "a coisa pode
descambar". Ninguém pode prever, de acordo com Jefferson, "se os até
aqui inocentes 'rolezinhos' vão acabar virando gigantescas invasões de
shoppings, com quebra-quebra generalizado e resultados imprevisíveis".
O ex-parlamentar compara até uma possível tragédia dentro de um shopping
ao incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde morreram 242
pessoas. E faz ainda um alerta para os que defendem os tais 'rolés':
"sugiro que reflitam sobre como o governo chinês reagiria se grupos
afins se reunissem em espaços semelhantes. Ao fim e ao cabo, torço para
que os "rolés", assim como o verão, passem", escreveu. Leia abaixo suas
três notas sobre o assunto:
O assunto da hora
Os "rolezinhos" estão na ordem do dia. Em São Paulo, o governo fala em
usar a força policial. No Rio, Beltrame diz que não agirá
preventivamente. Em Brasília, Dilma convocou reunião e teme que o
movimento ganhe ares de protestos organizados. Sem incorrer no pecado do
reducionismo, os ditos cujos parecem ter sido convocados mais para
gerar protagonismos instantâneos nas redes sociais do que fruto de uma
insatisfação generalizada. Mas que a coisa pode descambar, ah, isso
pode. Para prevenir, os shoppings não deveriam abrir nos dias de
"rolés".
Nitroglicerina pura
O temor das autoridades é que, com os "rolezinhos", haja a repetição do
que ocorreu com as manifestações de rua do ano passado. Os pequenos atos
de protesto contra o aumento nas passagens de ônibus acabaram gerando
gigantescas aglomerações com as mais diversas motivações, e
posteriormente as manifestações foram tomadas de assalto por bandos de
arruaceiros e black blocs, esses interessados apenas em depredar, e
também pilhar. Se os até aqui inocentes "rolezinhos" vão acabar virando
gigantescas invasões de shoppings, com quebra-quebra generalizado e
resultados imprevisíveis, ninguém é capaz de prever. Confusão em um
ambiente fechado como o dos shoppings, porém, pode acabar em tragédia de
proporções gigantescas, como a que ocorreu na boate Kiss. Deus nos
livre disso. Quanto aos grupos de esquerda que defendem os "rolezinhos",
sugiro que reflitam sobre como o governo chinês reagiria se grupos
afins se reunissem em espaços semelhantes. Ao fim e ao cabo, torço para
que os "rolés", assim como o verão, passem.
O jovem tem fome de quê?
Não apenas as secretarias de segurança pública e os órgãos de
inteligência dos governos estaduais e federal precisam estar atentos ao
fenômeno; os candidatos a presidente também devem olhar com atenção o
movimento. Tanto quem está por trás das convocações dos "rolés" como os
que atendem aos chamados, via redes sociais, são jovens, e é para eles
que devem ser pensadas políticas públicas de inclusão, não apenas
social, educacional ou profissional (e devemos reconhecer, elas têm sido
adotadas). Mas como diz a música dos Titãs, o jovem não quer só comida,
quer também diversão e arte, portanto, é preciso incrementar as
propostas de criação de novos e numerosos espaços onde os jovens possam
se encontrar, dançar, praticar esportes, produzir música ao ar livre,
enfim dar seu "rolezinho". Já as secretarias da Juventude precisam ter
mais voz dentro das estruturas de governo.
Postado há 42 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
Também do Blog Justiceira de Esquerda.
Um comentário:
PIADA. AINDA TER DE VER ESTE PERSONAGEM DANDO OPINIÕES E BEM TRANQUILO COMO SE NADA TIVESSE OCORRENDO.
NINGUÉM MERECE.
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