Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
João Roberto Marinho é o anti trabalhismo histórico e que remonta à Revolução de 1930. |
A
presidenta Dilma Rousseff foi recentemente à televisão fazer um
pronunciamento de fim de ano. Franca como sempre, a mandatária
trabalhista irritou o magnata bilionário da imprensa de negócios
privados, João Roberto Marinho, herdeiro de O Globo. Dilma fez uma
pergunta essencial ao povo brasileiro, que o levou a pensar para
ponderar: "A sua vida melhorou?"
Evidentemente
que as pessoas devem ter avaliado suas vidas após a contundente
pergunta da presidenta. E certamente que a maioria da população de
trabalhadores, estudantes e donas de casa devem ter julgado que sim,
porque é perceptível até mesmo a um desavisado, alienado ou reacionário
que as condições de vida do povo brasileiro melhoraram, e muito, nos
últimos 11 anos quando os governantes trabalhistas assumiram o poder no
Brasil.
Contudo,
apesar das grandes e importantes conquistas sociais e econômicas dos
brasileiros, a imprensa corporativa e de alma udenista finge não ver,
bem como tergiversa, dissimula e manipula para se dar bem e ter seus
interesses econômicos e políticos concretizados.
Para
isso, é necessário fazer política. Diga-se de passagem, a má política,
covarde e mentirosa, com conotação golpista e que visa, sobretudo,
ocupar o lugar de quem deveria fazer a oposição partidária, o PSDB, o
incompetente partido que vendeu o Brasil, e seus apêndices cujas siglas
são DEM (UDN), o pior partido do mundo e formulador de todos os golpes
no século XX, e PPS, antigo PCB, o arremedo de seu passado histórico e
maltrapilho ideológico.
Os barões
de mídias são os chefes do Partido da Imprensa, que trabalham no
submundo da política, de forma paralela, não oficial e fazem oposição
aos governos trabalhistas em todos os tempos, porque, simplesmente,
representam o establishment. E se tem alguma coisa que o mundo
empresarial, as oligarquias e a direita partidária não desejam é a
independência do Brasil, além de lutarem contra a emancipação do povo
brasileiro.
Já disse
isto antes, mas repito com o propósito de as pessoas não esquecerem que a
luta é árdua, que os inimigos são poderosos e ricos e que os
preconceitos sociais e raciais estão marcados como tatuagens nas almas
dos burgueses e dos pequenos burgueses.
Agora, O
Globo toma à frente novamente em seu périplo oposicionista, que não leva
a nenhum lugar, pois eleições se decidem nas urnas, cujos votos
refletem o que os governantes e suas equipes realizaram em prol do bem
comum.
E não é
que depois de odiar a frase da presidenta, a indagar se a vida do
cidadão brasileiro melhorou ou não, o barão magnata bilionário da
imprensa, João Roberto Marinho, ficou furioso, porque a presidenta
trabalhista se valeu da expressão "guerra psicológica".
A
mandatária apenas demonstrou saber qual é a origem do terrorismo e do
alarmismo, que tem por objetivo causar insegurança aos empresários e aos
mercados em geral. A matriz de tanta confusão é a imprensa de negócios
privados, porque é exatamente esta imprensa empresarial que tem
publicado, sistematicamente, em suas diferentes mídias, que o Brasil
está acabado, derrotado, falido e irremediavelmente sem esperança e
futuro se não entrar nos eixos.
Por seu
turno, "entrar nos eixos" significa adotar as receitas draconianas
elaboradas pelo FMI, além de dar continuidade ao programa de
(des)governo do fracassado presidente Fernando Henrique Cardoso — o
Neoliberal I —, pois fundamentado nos princípios do neoliberalismo, que
prega a diminuição do estado, a queda nos investimentos públicos e na
crença que o mercado se ajusta por si só, como se a humanidade não
soubesse que quando a raposa se transforma em vigilante de galinheiro
sem a fiscalização, regulação e regulamentação do estado, as galinhas,
evidentemente, vão sumir e, consequentemente, a família criadora das
aves vai ficar com fome.
Os
Marinhos admiram e apoiam governos entreguistas, colonizados,
subordinados e subservientes aos Estados Unidos, como tal se posicionou e
se conduziu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aquele político
conservador e elitista que vendeu o patrimônio público e mesmo assim foi
ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o
Brasil três vezes.
O Governo
FHC, mais do que qualquer outro, foi a fundo na política externa de
caráter subalterno de tirar os sapatos e, por sua vez, concretizou
décadas depois a famosa frase de Juracy Magalhães, antigo governador da
Bahia e primeiro embaixador do Brasil em Washington após o golpe de
1964, que afirmou: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o
Brasil”.
Nada mais
servil e sem qualquer noção de nacionalidade e que reflete com
pontualidade e precisão o quão as “elites” brasileiras são
descompromissadas e, por conseguinte, divorciadas dos interesses do
poderoso País sul-americano e de sua população, que há séculos luta para
se desenvolver e, por sua vez, finalmente ter acesso a uma vida de
melhor qualidade.
Enquanto
isso a direita apátrida e os coxinhas de classe média consideram esse
processo justo e de ordem natural, como se fosse possível concordar que
certos países imperialistas e com os grupos sociais dominantes, como se
eles tivessem o direito quase divino de subjugar as nações, os estados
nacionais, os países e seus governantes, além de manterem no papel de
escravos de seus lucros os trabalhadores que enriquecem toda essa gente e
mesmo assim, indubitavelmente, levam a parte menor do bolo.
E aí, o
que acontece? João Roberto Marinho questiona duramente a presidenta
Dilma Rousseff, como se lhe desse um "carão" e, completamente sem noção,
pois não sabe qual é o seu lugar como megaempresário, confunde-se, pois
autoritário, ao ponto de inverter os fatos, as realidades que se
apresentam e, por intermédio de um editorial mequetrefe, rastaquera e
insensato demonstra imensa irritação, porque Dilma disse que a guerra
psicológica, que tem a finalidade de estabelecer insegurança social e
jurídica ao País é muito ruim. E o Marinho vestiu, solenemente e sem
disfarçar, a carapuça.
"Se
alguns setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança,
especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra
psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas" — afirmou
Dilma Rousseff, em um recado direto à imprensa mercantilista e
alienígena, que, evidentemente, vestiu a carapuça, como não deixa dúvida
o editorial rasteiro e desrespeitoso de O Globo.
Então, eu
dou como exemplo a guerra psicológica dos barões magnatas bilionários
da imprensa. Eles (Folha e Globo) disseram que as grandes indústrias
racionavam energia. Tal irresponsabilidade do Partido da Imprensa é uma
grandíssima mentira, que, em certo momento, inibiu novos investimentos.
Insistiram em um "apagão" que nunca existiu, porque os governos Lula e
Dilma, ao contrário do governo entreguista de FHC — o Neoliberal I —
investiram e investem pesadamente em energia.
Quem
deixou o País em um racionamento de 14 meses foi exatamente o governo
incompetente dos tucanos. Contudo, de forma surreal, os barões de
imprensa de DNA golpista se "esqueceram" desse fato e sempre se dão o
direito de manipular a verdade, o que é uma lástima e total falta de
discernimento e compromisso com seus leitores e telespectadores.
E os
barões não ficaram somente nisso. O editorial de O Globo sem pé e nem
cabeça, porque não considera a realidade e a verdade, chama o Governo
trabalhista de autoritário e aproveita para criticar e atacar os países
vizinhos do Brasil, nos quais seus povos elegeram soberanamente
governantes de esquerda e que não estão nem aí para o que os magnatas
bilionários pensam ou deixam de pensar.
Trata-se
de um editorial tão pernicioso e mentiroso que chega ao ponto de acusar a
presidenta petista de não reconhecer seus erros para logo aproveitar
para dar uma receita econômica ao dizer, na maior cara de pau e falta de
acuidade com a verdade ao chamar o processo de concessões públicas
elaborado pelo governo petista para as rodovias, ferrovias e aeroportos
de "privatizações" quando a verdade é que o estado não abriu mão de seu
patrimônio, como o fez o governo entreguista, apátrida e com complexo de
vira-lata do neoliberal FHC, talvez o pior presidente que o Brasil já
teve, pois alienou o que ele não construiu e entregou a estrangeiros, de
mão beijada, empresas riquíssimas e lucrativas, a exemplo da Vale do
Rio Doce e da Telebras.
Por sua
vez, qualquer pessoa que tenha um pouco de discernimento e sensatez sabe
que a imprensa burguesa não vale nada, e que tudo o que ela diz, mostra
e fala não deve ser levado a sério. Afinal, o cidadão receptor de
informações tem de peneirar o que é dito e ouvido, bem como saber, por
exemplo, que o Brasil cumpriu sua meta fiscal em 2013, o que permitiu um
superávit de R$ 73 bilhões, como bem previa o ministro da Fazenda,
Guido Mantega.
Mantega
foi e é alvo de banqueiros e de economistas ligados aos bancos, que, por
diversas vezes, juntamente com a velha imprensa nacional e
internacional corrompida por seus interesses financeiros, pediram sua
cabeça. Revistas e jornais porta-vozes de banqueiros trabalharam para
que o competente economista caísse e, consequentemente, após sua queda
os agentes econômicos e financeiros ficassem desconfiados e inseguros em
relação aos rumos da economia no Brasil. Há coisa mais sórdida do que
essa oligarquia e cartel? Respondo: Não, não há! Ponto.
O ano de
2013 realmente foi um ano dedicado ao pessimismo, por intermédio da
imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) e pelos
economistas do PSDB e dos bancos. Para quem não lembra posso relembrar:
apagão, disparada do câmbio, descontrole fiscal, das contas públicas e,
incrivelmente, a aposta na elevação da inflação, cujo símbolo foi o
tomate, com direito de a coxinha global, Ana Maria Braga, usar um
ridículo colar de tomates para, com isso, fazer oposição ao Governo
trabalhista, o que, obviamente, não vingou.
Todavia,
não teve apagão, o câmbio não disparou, não houve o descontrole das
contas públicas e o tomate, poucas semanas depois, ficou mais barato do
que mariola em vendinha de interior. Trata-se, realmente, de uma
imprensa imperialista perigosa. Que não mede conseqüências e não tem
responsabilidade com a notícia e a verdade. Os barões e seus capitães do
mato não têm compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro. Ponto!
Depois de
tudo isso e o fracasso das previsões dos urubus da imprensa e do
mercado financeiro, o brasileiro teve de aturar ilações perversas e
cínicas quanto às metas do Governo trabalhista de Dilma Rousseff terem
sido atingidas. A direita, derrotada e que torce contra o Brasil, passou
a considerar as metas atingidas pelo Governo do PT como "contabilidade
criativa". Manipulação na veia.
Os
jornalistas e "especialistas" de prateleiras da Globo News, da Globo, de
O Globo, da CBN, da Band, da Folha e da Veja passaram a repetir a quase
“acusação”, de forma uníssona e ridícula, pois dá a entender que
combinaram, a fim de falar como papagaios de piratas sempre a mesma
frase: "contabilidade criativa".
A verdade
é que a intenção é uma forma intelectualmente desonesta para
desqualificar o Governo Dilma e, por conseguinte, dar a entender às
pessoas que o Governo manipulou os números e os índices para atingir
suas metas econômicas e financeiras. Vulgares e pretensiosos os
militantes de direita do Partido da Imprensa, não?
Isto
acontece porque seus patrões magnatas bilionários não aceitam a
realidade de que os governos petistas foram muito mais competentes do
que os governos dos tucanos. Além disso, esperar discernimento e
sensatez de quem quer um País para poucos ou VIP é pedir de mais, não é
mesmo?
Depois
das metas atingidas, o que restou para os banqueiros e seus economistas e
para os barões magnatas bilionários de imprensa e seus jornalistas? O
inconformismo, o ódio e uma saudade imensa dos tempos da ditadura
militar e do vendilhão da Pátria conhecido como FHC — o Neoliberal I. A
data 31 de dezembro de 2013 é o dia que o Marinho vestiu a carapuça em
sua guerra psicológica. É isso aí.
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