O passeio de Dilma
A presença ontem da candidata lulista, Dilma Rousseff, no Jornal Nacional da TV Globo foi a oportunidade que a direita teve para transformá-la em cinzas. Não conseguiram.
Tiveram pela frente uma Dilma com personalidade e chispa.
Se sabe que entrevista naquele formato é só para fixar bordão negativo, no caso de ontem, contra a candidata de Lula. Não conseguiram.
O casal JN se desmontou no ar. Bonner estava mais ansioso que goleiro na hora do gol, o que valeu de Fátima um "só um pouquinho", com o dedo em meio riste voltado para o marido.
Tentaram colar em Dilma duas maledicências antagônicas: ou ela é "autoritária", ou ela sofre e sofrerá "tutela" de Lula. A candidata chegou a esboçar uma resposta na linha "os meus adversários têm que escolher o que eu sou...", mas era constantemente cortada por um torturado William Bonner.
De fato, só não podem escolher dois carimbos (falsos) que são incompatíveis. Ou ela é uma massinha de modelar do lulismo-petista (e não é), ou ela tem pleno domínio do necessário exercício da autoridade na soberania do Estado (sim, tem).
Assim, o que era para ser um massacre em cena aberta, acabou sendo um passeio para Dilma, e uma trapalhada para o simpático casal JN.
[William Bonner tem que consultar um médico e pedir que lhe ministre algum medicamento para aflição aguda.]
Redator: Cristóvão Feil
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