William Bonner e Fátima Bernardes fizeram na entrevista de José Serra aquilo que, acredito, todos que freqüentam a blogosfera já esperavam, não fizeram nenhuma pergunta que pudesse colocar Serra em uma saia justa, pelo contrário, o casal foi tão amável que chegou ao ponto de Bonner pedir perdão por interromper Serra quando este já ultrapassava mais de 30 segundos do tempo determinado.A agressividade de Bonner contra Dilma (que tirou de letra todos os ataques e chegou a descontrolar o casal 45 da Globo), também sobrou para Marina Silva, que teve mais perguntas relacionadas ao PT e ao suposto mensalão, do que ao seu atual partido, ou sua plataforma de governo. Se Plínio de Arruda Sampaio for convidado, com certeza também vai ser encurralado para responder (e atacar) o PT, e não para falar sobre suas propostas de governo.
A Globo todos conhecemos, nasceu no início da ditadura, e cresceu a serviço dos militares, para fazer a “integração nacional” cumprindo o papel de defensora da ditadura. A Globo, não podemos esquecer, tentou impedir a eleição de Brizola para o governo fluminense em 1992, fraudando o resultado eleitoral junto com a Proconsult. E não conseguiu.
A mesma Globo escondeu as manifestações pelas “Diretas Já”, até que não conseguiu mais esconder milhões de pessoas nas ruas. A Globo fabricou e elegeu Fernando Collor, até então um desconhecido governador de Alagoas. A Globo apoiou Fernando Henrique e sempre escondeu, ou tentou justificar, os crimes cometidos pelos tucanos contra o povo brasileiro, principalmente a venda, a preços de banana, de grande parte das estatais brasileiras. Faltou a Petrobrás e o Banco do Brasil que só não foram privatizadas porque não deu tempo, mas o processo de desmonte já estava a passos largos.
Agora, mais uma vez, nesta entrevista no JN (se é que podemos chamar aquela bajulação de entrevista) do casal 45 com Serra, foi mais uma demonstração clara de que a Globo, novamente utiliza uma concessão pública para fazer política partidária, defendendo com unhas e dentes seu candidato e tentando desmoralizar os adversários.
Tudo bem a Folha, Estadão, Zero Hora, Veja (que nojo) e outros materiais impressos fazerem a campanha descarada do candidato do neoliberalismo, isso é até aceitável. Mas não podemos permitir que os sinais de transmissão, que são concessões públicas, continuem sendo utilizadas de forma tão escancarada como a Globo sempre fez...e continua fazendo.
Eis um grande desafio para o governo Dilma e para aqueles que sempre defenderam critérios (sérios) para as concessões de rádios e televisões.Por Nelson Cenesin
2 comentários:
"Mas não podemos permitir que os sinais de transmissão, que são concessões públicas, continuem sendo utilizadas de forma tão escancarada como a Globo sempre fez...e continua fazendo."
Com certeza não podemos permitir isso!!
Hugo Chavez teve peito para resolver isso na Venezuela, e por isso é chamado de ditador!!!
Temos mais é que botar a boca no trombone, o casal telejornal esta pegando pesado demais... http://grazaza.blogspot.com/
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