Wanderley Preite Sobrinho, do R7
"Boca Maldita" em Curitiba |
Enquanto o horário eleitoral gratuito não começa no rádio e na televisão, a campanha presidencial petista tenta aproveitar ao máximo as aparições públicas de sua candidata, Dilma Rousseff. Para apresentá-la ao eleitorado, o PT arma grandes eventos em lugares que simbolizam a luta contra a ditadura no Brasil.
Convencidos de que a maioria da população só vai prestar atenção nos presidenciáveis quando a propaganda eleitoral no rádio e na TV começar, em 17 de agosto, a coordenação da campanha petista quis dar peso a cada aparição pública de Dilma ao escolher a dedo cada lugar em que ela aparece para se vender como a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Rio de Janeiro, Dilma fez uma carreata da Candelária até a Cinelândia, um percurso que reuniu 100 mil pessoas contra a ditadura em 1968, na Passeata dos Cem Mil. Antes disso, ela falou para cerca de 3.000 petistas na Praça da Sé, símbolo das Diretas-Já, que no dia 25 de janeiro de 1984 reuniu 300 mil pessoas em um comício que contou com a participação do próprio Lula, ainda presidente nacional do PT.
Já o primeiro ato de campanha de Dilma, no dia 6 de Julho, foi na histórica Esquina Democrática, em Porto Alegre. Orgulho dos gaúchos, foi lá que, em 1982, a sociedade local começou as primeiras manifestações pelas eleições diretas.
Em Natal, Dilma passou pela Praça Gentil Ferreira, palco principal das lutas pela democracia no Rio Grande do Norte. Em Montes Claros, interior de Minas, ela deu uma passada no Café Galo, há 52 anos um ponto de encontro para discussões políticas.
No último dia 31, ela discursou na Boca Maldita, espaço no centro de Curitiba dedicado aos atos políticos. Ao lado de Lula, ela não poupou elogios ao lugar histórico:
- Quando a mordaça caiu sobre o Brasil, aqui se ouviram vozes de homens e mulheres lutando pela democracia. Aqui é o espaço em que as pessoas demonstraram que são corajosas quando estão do lado correto.
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