quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Espetáculo deprimente.

Não há nada mais sagrado que as crianças. Claro que elas, na sua pureza e ingenuidade, podem gritar o nome de um candidato, correr atrás dele, se agitarem com a movimentação dos fotógrafos e cinegrafistas. E ninguém pode condenar um candidato por conversar com uma crinaça, até mesmo colocá-la no colo, porque é natural que, desde que não haja apelação, essa aproximação carinhosa aconteça.

E é até bom, porque ao contrário dos adultos, as crianças não se intimidam e muitas vezes falam o que todos pensam e poucos dizem.

Mas não é admissível que uma escola estadual monte um corinho infantil para gritar o nome de um candidato a presidente. Foi o que fez alguém da Escola Técnica Estadual de Heliópolis. E as crianças, na pureza que lhes brotou gritaram, mas “Lula, Lula, Lula”, até que um adulto, talvez alguém que se intitule professor, ou diretor, viesse “corrigi-las” para gritar “Serra, Serra”.

Com a indicação de nossos leitores, aí está o vídeo. Vergonhoso, repugnante.

Honestamente, pensei se deveria ou não reproduzi-lo, em respeito às crianças. Mostro, porque acho que o Ministério Público Eleitoral, que enxerga “uso da máquina” quando uma multidão de adultos grita o nome de Dilma, tem a obrigação de agir imediatamente, já, agora, contra esta monstruosidade. Os responsáveis por esta “escola” têm de explicar de quem partiu a ordem para isso ou se são eles, apenas, os responsáveis.

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