Faltando exatos 50 dias para as eleições todos os institutos de pesquisas apresentam resultados de novos levantamentos e tendências eleitorais. E as reações dos dirigentes das campanhas são as mais contraditórias possíveis.
Neste mês de agosto devem ser divulgadas mais duas pesquisas, a do Vox Populi e do Ibope. Institutos de pesquisa diferentes podem realizar um mesmo trabalho recorrendo a metodologias distintas. É o que acontece, por exemplo, nos levantamentos eleitorais.
Tanto o Instituto Vox Populi quanto o Instituto paulista Datafolha fazem entrevistas, milhares de entrevistas, para aferir a opinião do eleitor.
Acontece que os dois institutos possuem metodologias distintas para realizar levantamentos sobre intenção de voto. Isso explica eventuais variações no resultados de amostras coletadas ao longo das eleições.
Uma das principais diferenças está na “busca” pelos entrevistados. O Datafolha, por exemplo, faz a abordagem nas ruas por entender que não há como ter acesso completo a residências em determinados locais, como edifícios e favelas.
Ou seja, seus pesquisadores realizam as entrevistas sem ter meios de comprovar exatamente onde as pessoas moram. Já as entrevistas do Vox Populi são pessoais e domiciliares. Os principais institutos brasileiros não aceitam pesquisas por telefone.
O desenho da amostra também varia conforme os institutos. Para montar o universo a ser pesquisado, o Datafolha utiliza informações sobre eleitores obtidas do Tribunal Superior Eleitoral e dados sobre sexo e faixa etária com base no IBGE.
O Datafolha não leva em conta, porém, dados sobre escolaridade ou renda familiar mensal. Já o Vox Populi usa dados censitários do IBGE e realiza um roteiro aleatório para escolha dos domicílios. O Ibope, por sua vez, seleciona probabilisticamente os municípios e leva em conta variáveis como sexo, idade, grau de escolaridade e dependência econômica.
A ordem das perguntas também distingue a forma como os entrevistados são abordados. Por entender que a ordem pode influenciar as respostas, o Datafolha não faz perguntas que estimulem nomes de candidatos, partidos ou avaliações de governo antes das questões sobre em quem o eleitor pretende votar. Já outros institutos têm como método técnicas para “esquentar” o entrevistado – caso do Ibope, que faz as chamadas perguntas “quebra-gelo” para introduzir o entrevistado ao assunto (no caso, as eleições).
Há empresas que optam em perguntar sobre a situação do País antes de aplicar os questionários da pesquisa. É comum entre institutos perguntas referente ao grau de conhecimento sobre os candidatos citados nos formulários.
O tamanho da amostra também varia entre institutos. Quando o Vox Populi começou a apontar o crescimento de Dilma a coordenação da campanha de Serra desmereceu o resultado, logo depois o Sensus também apontou o crescimento e liderança de Dilma, Sérgio Guerra coordenador da Campanha de Serra declarou:"Eu não comento pesquisa Sensus, o Sensus não é sério. O PSDB não comenta pesquisa do Sensus. Eleição é coisa séria e pesquisa também deve ser coisa séria".
Dias depois em nova divulgação do Vox Populi que apontava Dilma a frente de Serra em oito pontos, a imprensa registrou a declaração do dirigente tucano, "O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, questionou a credibilidade do instituto de pesquisa Vox Populi, dizendo que o instituto é meramente “propaganda eleitoral”.
No último levantamento do Ibope que também apontou a liderança de Dilma, "O coordenador da campanha de José Serra, disse que o resultado da pesquisa CNI/IBOPE divulgado "surpreende e não bate bem" com os números do partido".
Há tempos, os demais institutos – Sensus, Vox Populi e IBOPE – vinham apontando crescimento gradativo na diferença em favor de Dilma Rousseff. Até a última pesquisa, 15 dias atrás, o Datafolha era o único a apontar vantagem para José Serra. Sérgio Guerra considerou como "distorcido" o resultado da pesquisa Datafolha, que coloca a petista Dilma Rousseff com vantagem de oito pontos sobre o tucano. Segundo ele, a petista foi beneficiada por ter sido a primeira a ser entrevistada na bancada do Jornal Nacional.
Depois dos quatro institutos apontarem o crescimento de Dilma, a consolidação de sua liderança, acredito que Sérgio Guerra coordenador da campanha de Serra tente acalmá-lo e dar esperança, e dizer que não está morto ainda; "Serra calma, ainda falta o resultado do 'Instituto Médico Legal'
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