Começa o primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais. Ânimos acirrados, afinal de contas, está em jogo o futuro do Brasil. Será que Dilma está desanimada por não ter ganho logo no primeiro turno? Serra que Serra virá confiante e agressivo? É o que todos se perguntavam enquanto ainda tocava a vinheta instrumental da Band.
A primeira pergunta de Ricardo Boechat é dirigida a Serra. O tucano está nervoso e transpira muito. É visível. Dilma fala que o mais importante nestas eleições são as garantias que o Brasil continuará mudando para melhor. Fala da erradicação da pobreza, da sua viabilidade. Como Serra, cita a educação de qualidade.
Na primeira pergunta entre candidatos, Dilma é contundente. A candidata do PT pergunta a Serra o porquê de tantos ataques e calúnias, principalmente ao nível religioso. Serra diz que Dilma falou ser a favor do aborto em debate da Folha, só não disse que este “debate” aconteceu em 2007. Dilma, na réplica, “pega no pé” do tucano novamente, falando da regulamentação do aborto no SUS e da questão do sigilo em que agora Serra é réu.
Na segunda pergunta, Serra tenta intimidar Dilma com a questão da segurança, mas a petista lembra a todos o problema dos ataques do PCC em São Paulo. Serra perde o rumo na replica. O tucano tenta minimizar o dia em que São Paulo parou com os ataques do PCC. O candidato do PSDB insiste em falar da falta de segurança na Bahia, mas lá, Jaques Wagner, governador petista, foi reeleito em primeiro turno. Ao final da tréplica, Dilma relembra Serra do Paulo Preto, tucano que sumiu com 4 milhões da campanha de Serra. Acaba o primeiro bloco. Quem iria “jantar” quem mesmo? Serra foi nocauteado no primeiro round.
Serra começa o segundo bloco falando sobre dívidas das Santas Casas e tabelas desatualizadas do SUS. O tucano esqueceu que foi ministro da Saúde de FHC e não resolveu. Dilma relembra o fato ao candidato do PSDB. Serra narra o “Proer das Santas Casas”, Proer não é lembrança positiva a nenhum brasileiro. Dilma cita Mônica Serra: “A Dilma é a favor da morte de crianças”. Para todo o Brasil que acompanha pela TV, Dilma mostra a baixaria desta campanha.
Na pergunta seguinte, Dilma leva Serra à lona ao perguntar sobre a capitalização da Petrobras. Serra está desnorteado. Dilma alerta o povo: tucanos querem privatizar o Pré-Sal. Serra apela com a tal da “cabeça própria”, seus ataques – e respostas – acabaram. Serra está equivocado, acha que José Eduardo Dutra é o candidato do PT à Presidência da República. Dilma pergunta sobre a Privatização da Petrobras – sonho dos tucanos – Serra volta ao mesmo discurso, parece um velho disco arranhado.
Dilma acaba mais uma vez com Serra: “o meu Brasil não é o Brasil do orelhão, é o Brasil da banda larga”. Serra poderia ter ido dormir sem essa. Serra diz que irá reestatizar os Correios. Ué, eu não sabia que os Correios eram privatizados. Coisas de José Serra. O tucano tenta contra-atacar com o caso Erenice Guerra. A Controladoria Geral da União aprovou todas as contas de Erenice. Serra diz ainda que qualquer um pode publicar qualquer coisa sobre ele. Maria Rita Kehl, colunista do Estadão, foi demitida esta semana por elogiar o bolsa-família.
A candidata de Lula relembra Serra que um dos menores salários de delegados é pago no Estado de São Paulo. Serra nega os ataques do PCC deste ano. Não acontecem novos ataques do PCC porque a imprensa não quer noticiar. Este blog noticiou aqui.
Quando o assunto é drogas, Serra confessa: para mais de 300 mil habitantes, 300 leitos. Dilma relembra o triste período das privatizações. Além disso, enquanto governador, Serra não sossegou sua gana privatizadora com as vendas da CESP e da Caixa Econômica Estadual. Serra fala que a venda da Caixa Estadual foi investida em metrô que para com uma simples blusa.
Dilma, mais uma vez, lembra a Serra sobre o estrangulamento do programa Escola da Família. Outro nocaute. Dilma: “o que eu falar, eu vou provar. Eu não vou falar daquilo que eu ouvi falar”. Ao final da pergunta, Dilma quer diz com todas as letras que irá falar no próximo bloco.
Serra foge do caso na volta do intervalo, pergunta sobre outra coisa. O tucano fala das estradas federais, mas detesta que qualquer jornalista o questione sobre os absurdos pedágios paulistas. Dilma questiona Serra seriamente. Será que o tucano irá continuar o bolsa-família, o Minha Casa Minha Vida e o Prouni? Serra é vago e diz que irá continuar tudo o que deverá ser continuado. Fica a dica. A petista lembra do compromisso de Serra em cartório em não deixar a prefeitura de São Paulo. Não foi cumprido.
Quem tinha dúvidas sobre a capacidade de Dilma, esse debate esclareceu todas. Resta a militância não descuidar do seu trabalho, fazer sua parte. Dilma, com certeza, faz a dela.
Do Blog Seja Dita Verdade.
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