O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, preso neste sábado nos Estados Unidos Yuri Gripas - 16.abr.11/Reuters |
O diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, foi preso neste sábado em Nova York acusado de atacar sexualmente uma funcionária de um hotel na cidade.
O dirigente foi retirado pelos policiais da primeira classe do voo da Air France que ia para Paris minutos antes da sua decolagem. Ele iria se encontrar amanhã com a chanceler alemã, Angela Merkel.
De acordo com o sub-comissário de Polícia de Nova York, Paul Browne, ouvido pela CNN, Sreauss-Kahn apareceu nu quando a funcionária de 32 anos entrou em seu quarto para limpá-lo, por volta das 13h.
Browne disse que Strauss-Kahn tentou abusar da mulher, mas ela conseguiu fugir e correu até a recepção do hotel. Os funcionários alertaram a Polícia de Nova York mas, quando os oficiais chegaram ao hotel, o dirigente do FMI já havia saído.
Não está claro com quanta antecedência ele comprou a passagem para Paris. O certo é que ele deveria estar amanhã na Europa.
Não é a primeira vez que Strauss-Kahn, 62 anos e casado com a jornalista Anne Sinclair, se vê envolvido em controvérsia. Em 2008, pouco depois de assumir o comando do Fundo, ele assumiu ter tido um caso com uma funcionária do organismo, a economista Piroska Nagy, casada com um ex-presidente do BC argentino.
Na época, Strauss-Kahn admitiu "um erro de julgamento" por conta do caso.
Apesar do histórico francês de perdoar as escapadas sexuais dos seus políticos (como amantes e famílias secretas), a verdade é que a acusação contra o comandante do FMI é grave e não se sabe como vai afetar as suas pretensões políticas.
Ainda que não tenha anunciado a sua candidatura, Strauss-Kahn, que é membro do Partido Socialista, aparece nas pesquisas como o principal rival de Nicolas Sarkozy na eleição presidencial, marcada para abril do ano que vem.
Números divulgados no início de maio apontam que o chefe do FMI, que ainda não confirmou se vai concorrer, teria 23% dos votos no primeiro turno contra 17% para a líder da extrema-direita Marine Le Pen e 16% para Sarkozy.
O próprio apoio de Sarkozy para a sua candidatura ao FMI foi visto como uma manobra para afastá-lo da corrida presidencial.
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