A operação Alquimia, deflagrada nesta quarta-feira, confiscou uma ilha de 20 mil metros quadrados nas proximidades de Salvador que pertenceria ao chefe do esquema fraudulento. No local foram apreendidos carros de luxo e barcos.
A investigação, que começou na década de 1990 numa empresa de Juiz de Fora (MG), foi feita pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
Dos 31 presos, 24 estão na Bahia, mas nenhum nome foi divulgado até agora. A maior parte das empresas é do setor químico.
A operação investiga crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha cometidos por empresas em 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo os investigadores, as medidas judiciais decretadas poderão reaver ao patrimônio da União R$ 1 bilhão sonegados.
Para conseguir burlar o Fisco, empresas laranjas vendiam produtos para empresas legais e iam acumulando crédito de impostos a pagar. Quando esse montante chegava a um determinado valor --não revelado--, essa empresa "quebrava" e desaparecia
Das 300 empresas que estão sendo investigadas, 30 ficam em paraísos fiscais, principalmente nas Ilhas Virgens Britânicas.
Além dos 31 mandados de prisão temporária, a Justiça decretou 129 de busca e apreensão, 163 de condução coercitiva e 195 sequestros de bens contra pessoas jurídicas e 62 de pessoas físicas.
Os principais alvos da operação estão em Minas Gerais, Bahia e São Paulo. Os outros Estados envolvidos são Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Distrito Federal.
Cerca de 500 policiais e delegados da Polícia Federal participam da operação, além de 90 auditores fiscais da Receita Federal
Colaborou MATHEUS LEITÃO, de Brasília
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