O
governo italiano anunciou nesta sexta-feira medidas destinadas a acabar
com as isenções tributárias para propriedades comerciais pertencentes à
Igreja Católica, o que deve resultar numa arrecadação adicional de até
600 milhões de euros.
O
primeiro-ministro italiano, Mario Monti, incluiu essa medida, que afeta
também outras organizações não-lucrativas, em um pacote mais amplo de
desregulamentação que atualmente tramita no Parlamento da Itália.
A
Igreja é dona de muitos hospitais, hotéis e pensões, que gozam de
isenção tributária por serem parcialmente ocupados por freiras e padres,
ou por terem uma capela. A nova lei elimina essa brecha, que isentava
de impostos muitos estabelecimentos predominantemente comerciais.
Em
dezembro, Monti pediu aos italianos que fizessem sacrifícios para
salvar o país da crise da dívida na zona do euro. Em 48 horas depois da
aprovação do pacote, mais de 130 mil pessoas aderiram a uma petição pela
Internet exigindo o fim dos privilégios tributários para a Igreja.
O pacote deve ser votado na semana que vem pelo Senado e deverá, depois, seguir para a Câmara.
Steve SchererNo Reuters
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