Prefeito diz que tucano abandonou pretensão para concorrer à prefeitura de SP
Matarazzo e Covas indicam que aceitam se retirar das prévias do PSDB, abrindo caminho para o ex-governador
Matarazzo e Covas indicam que aceitam se retirar das prévias do PSDB, abrindo caminho para o ex-governador
MAÍRA TEIXEIRA
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou ontem que o ex-governador José Serra (PSDB) abandonou suas ambições presidenciais para concorrer à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.
"Ele entendeu que deveria abandonar esse projeto, e ele abandonou", disse Kassab, durante vistoria de uma praça na Zona Norte da capital. Serra tomou a decisão de se candidatar na sexta-feira, como a Folha informou ontem.
O prefeito afirmou que a atenção de Serra a partir de agora estará toda voltada para São Paulo. "Suas preocupações, seus projetos, seus estudos", disse Kassab. "Os próximos cinco anos dele serão voltados para a cidade."
Segundo o Datafolha, Serra é o nome do PSDB com melhores chances na eleição deste ano, com 21% das intenções de voto na sondagem mais recente. Ele também enfrenta altos índices de rejeição: 33% dos eleitores dizem que jamais votariam nele.
Serra administrou São Paulo entre 2005 e 2006 e deixou o cargo para disputar o governo do Estado, embora tivesse se comprometido anteriormente a ficar na prefeitura até o último dia do seu mandato.
O rompimento da promessa, que foi registrada em documento assinado durante sabatina da Folha na campanha eleitoral de 2004, certamente será explorado agora pelos adversários de Serra.
Serra deve formalizar sua candidatura amanhã, numa carta dirigida à executiva municipal do PSDB. A direção do partido deverá se reunir em seguida para decidir como incluí-lo nas prévias convocadas pelo PSDB para definir seu candidato à prefeitura.
As prévias estão marcadas para o dia 4, daqui a uma semana, e o prazo para inscrição de candidatos já acabou. O partido pode reabrir o prazo, ou adiar as prévias para que Serra entre no processo.
Há quatro nomes no páreo, os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia), e o deputado Ricardo Tripoli.
O governador Geraldo Alckmin vai procurá-los para conversar um a um até amanhã. Matarazzo e Covas indicaram em conversas reservadas que aceitam se retirar da disputa para facilitar as coisas para Serra. Aníbal e Tripoli dizem que vão manter suas candidaturas até o fim.
No início do ano, Serra dizia não ter nenhum interesse em concorrer à prefeitura porque preferia ficar livre para disputar novamente a Presidência da República nas eleições de 2014. Serra concorreu a presidente em 2002 e 2010.
Mas o ex-governador, que perdeu a eleição do ano passado para a presidente Dilma Rousseff (PT), viu seu espaço dentro do PSDB encolher nos últimos meses e isso o levou a reconsiderar a ideia de entrar na disputa municipal.
Também contribuiu para sua decisão a movimentação de Kassab, que começara a negociar uma aliança com o PT para apoiar seu candidato a prefeito, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
Os tucanos temiam que uma união de Kassab com os petistas deixasse o PSDB isolado em São Paulo, onde a hegemonia política detida pelo partido é ameaçada pelo PT.
DE SÃO PAULO
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou ontem que o ex-governador José Serra (PSDB) abandonou suas ambições presidenciais para concorrer à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.
"Ele entendeu que deveria abandonar esse projeto, e ele abandonou", disse Kassab, durante vistoria de uma praça na Zona Norte da capital. Serra tomou a decisão de se candidatar na sexta-feira, como a Folha informou ontem.
O prefeito afirmou que a atenção de Serra a partir de agora estará toda voltada para São Paulo. "Suas preocupações, seus projetos, seus estudos", disse Kassab. "Os próximos cinco anos dele serão voltados para a cidade."
Segundo o Datafolha, Serra é o nome do PSDB com melhores chances na eleição deste ano, com 21% das intenções de voto na sondagem mais recente. Ele também enfrenta altos índices de rejeição: 33% dos eleitores dizem que jamais votariam nele.
Serra administrou São Paulo entre 2005 e 2006 e deixou o cargo para disputar o governo do Estado, embora tivesse se comprometido anteriormente a ficar na prefeitura até o último dia do seu mandato.
O rompimento da promessa, que foi registrada em documento assinado durante sabatina da Folha na campanha eleitoral de 2004, certamente será explorado agora pelos adversários de Serra.
Serra deve formalizar sua candidatura amanhã, numa carta dirigida à executiva municipal do PSDB. A direção do partido deverá se reunir em seguida para decidir como incluí-lo nas prévias convocadas pelo PSDB para definir seu candidato à prefeitura.
As prévias estão marcadas para o dia 4, daqui a uma semana, e o prazo para inscrição de candidatos já acabou. O partido pode reabrir o prazo, ou adiar as prévias para que Serra entre no processo.
Há quatro nomes no páreo, os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia), e o deputado Ricardo Tripoli.
O governador Geraldo Alckmin vai procurá-los para conversar um a um até amanhã. Matarazzo e Covas indicaram em conversas reservadas que aceitam se retirar da disputa para facilitar as coisas para Serra. Aníbal e Tripoli dizem que vão manter suas candidaturas até o fim.
No início do ano, Serra dizia não ter nenhum interesse em concorrer à prefeitura porque preferia ficar livre para disputar novamente a Presidência da República nas eleições de 2014. Serra concorreu a presidente em 2002 e 2010.
Mas o ex-governador, que perdeu a eleição do ano passado para a presidente Dilma Rousseff (PT), viu seu espaço dentro do PSDB encolher nos últimos meses e isso o levou a reconsiderar a ideia de entrar na disputa municipal.
Também contribuiu para sua decisão a movimentação de Kassab, que começara a negociar uma aliança com o PT para apoiar seu candidato a prefeito, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
Os tucanos temiam que uma união de Kassab com os petistas deixasse o PSDB isolado em São Paulo, onde a hegemonia política detida pelo partido é ameaçada pelo PT.
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