Apenas Carta Capital parece disposta a seguir o lastro do envolvimento criminoso de políticos da oposição com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Já a base aliada e a imprensa não se dispõe a ir além |
Excepcionalmente em um sábado, não menos oportuno, um sábado de aleluia, dia de malhação de judas...
O destaque permanece o mesmo, a pauta da
blogosfera e um pouco tímida da grande imprensa: o escândalo Demóstenes
Torres, Marconi Perillo e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
O envolvimento entre agentes públicos, da
oposição, auto-intitulados e atestados pela imprensa, "menestréis da
ética e dos bons costumes políticos", com o crime organizado e a
desmoralização da oposição.
Já há um tempo foi comentado a
possibilidade da tríade PSDB/DEM/PPS fundirem-se num só partido, o PSDB,
estratégia muito comum na política brasileira daqueles que querem fazer
os eleitores esquecerem suas raízes de desmandos e malfeitos. O
próprio DEM é um exemplo clássico disso: já foi Arena, virou PDS, PFL e
hoje é DEM, de democratas...
O fato é que o desdobramento deste novo
escândalo expõe o rabo preso da imprensa com os personagens suspeitos e
investigados, até mesmo com a participação do editor-chefe de Veja,
flagrado em mais de 200 ligações com Cachoeira (o que tanto
assuntaram?), em um esforço heróico de não ir além de Demóstenes Torres,
isolar a cena e tratá-la como uma traição de um "ente bastante
respeitado" pelo seu passado combativo, só isso, nada mais.
Por outro lado a base de apoio parlamentar
do governo mostra-se vacilante e não consegue fazer andar as CPIs do
Cachoeira e nem da Privataria. Estas ações serviriam para dizer a
opinião pública que o congresso não aceitaria mais tais malfeitos e
daria uma lição, justamente, naqueles que faziam um escarcéu midiático
para falar da ética, o que agora prova-se, nunca foram próximos e nem
tão pouco apreciadores.
A base é tímida e não avança neste
terreno, o que mostra o quanto o governo, apesar da maioria que possui,
está pouco representado por boa parte dos partidos de sua coalizão,
insuficiente para o tamanho dos desafios que Dilma e seu governo
enfrentam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário