Capas exemplares. Quando o caso explode,
a
revisitação do Sudário. Decidida a CPI,
a versão que agrada ao patrão
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Mino Carta, CartaCapital
A ligação entre o inquérito parlamentar e o julgamento no Supremo Tribunal Federal é arbitrária, a partir das sedes diferentes dos dois eventos. Mas a arbitrariedade é hábito tão arraigado dos herdeiros da casa-grande a ponto de formar tradição. Segundo a mídia, a CPI destina-se a desviar a atenção da opinião pública do derradeiro e decisivo capítulo do processo chamado mensalão. Com isso, a CPI pretenderia esconder a gravidade do escândalo a ser julgado pelo Supremo.
O caso revelado pelo vazamento dos inquéritos policiais que levaram à prisão do bicheiro Cachoeira existe. Pode-se questionar o fato de que o vazamento se tenha dado neste exato instante, mas nada ali é invenção. Inclusive, a peculiar, profunda ligação do jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de Veja em Brasília, com o infrator enfim preso. Não é o que se espera de um qualificado integrante do expediente de uma revista pronta a se apresentar como filiada ao clube das mais importantes do mundo. Pois é, o Brasil ainda é capaz de dar guarida a grandes humoristas.
Não faltam, nesta área, os alquimistas,
treinados com requinte para cumprir a vontade do patrão. Jograis inventores. Um
deles sustenta impávido que a presidenta Dilma despenca em São Paulo para
recomendar a Lula toda a cautela em apoiar a CPI do Cachoeira, caldeirão ao
fogo, do qual respingos candentes poderão atingir o PT. É possível. E daí?
Certo é que a recomendação não houve. E que o Partido dos Trabalhadores escala,
no topo da pirâmide, um presidente, Rui Falcão, tão pateticamente desastrado ao
rolar a bola na boca da pequena área para o chute midiático. Disse ele que a
CPI vinha para “expor a farsa do mensalão”. De graça, ofertou a deixa preciosa
aos inimigos. Só faltava essa…”
Editorial Completo, ::Aqui::
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