Tudo indica que o contraventor usava Limírio e Rossini para injetar verbas em campanhas eleitorais de seus aliados. Além do governador de Tocantins, Limírio fez doações de R$ 2,2 milhões para as campanha de Demóstenes Torres e do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), cujos laços com Cachoeira foram revelados pela Operação Monte Carlo. Já Rossini fez doações de R$ 3,8 milhões para as campanhas de Perillo e Siqueira Campos.
Principal sócio individual do grupo Hypermarcas, Marcelo Limírio comprou, em 2009, o Hotel Nacional. Uma das construções mais emblemáticas do Rio de Janeiro, o hotel foi projetado por Oscar Niemeyer e estava fechado desde 1995 em função de dívidas do seu proprietário.
Em 2009, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do Ministério da Fazenda, organizou o leilão da construção, que foi vendida por R$ 84,9 milhões, R$ 33 milhões a menos do que o valor originalmente avaliado. Curiosamente, o superintendente da Susep na ocasião da venda, Armando Vergílio, se candidatou ao cargo de deputado federal no ano seguinte. Após receber R$ 100 mil de uma empresa que tinha recentemente vendido algumas de suas marcas para a Hypermarcas, Vergílio venceu ganhou um lugar na Câmara Federal justamente pelo principal estado de atuação da quadrilha de Cachoeira: Goiás.
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