Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra
Magazine / Sem Fronteiras
“O senador Demóstenes Torres cumpriu,
durante anos e à perfeição, o papel de tartufo. Ou melhor, ele representou, com
os cidadãos brasileiros na platéia, o hipócrita-dissimulado da consagrada
comédia de Molière intitulada “Les Tartuffe”.
Não fosse a operação Monte Carlos da
polícia federal a revelar, por meio de interceptações telefônicas legais, a sua
participação em organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira, o
senador Demóstenes continuaria no papel de farsante e a pavimentar a estrada política
que o levaria ao governo do estado de Goiás.
No Conselho de Ética do Senado foi
instaurado um procedimento disciplinar contra Demóstenes Torres por atuação
marcada pela falta de decoro parlamentar. E o procedimento está, até terça
próxima, na fase de apresentação de defesa por parte de Demóstenes, acusado, em
face de representação apresentada pelo partido de sigla PSOL, de quebra de
decoro parlamentar.
Até a torcida do Flamengo sabe ser
indecoroso um senador da República manter vínculos de amizade com um notório
marginal de alto coturno, caso de Carlinhos Cachoeira.Trata-se de amizade,
frise-se, com um contumaz violador do Código Penal. A respeito desses laços de
amizade já existe prova provada. E isso já bastaria para levar à cassação do
mandato.
Mas, existe algo mais. Demóstenes, além de
amizade já comprovada e regalada com o recebimento de presente nupcial
caríssimo (uma cozinha de luxo completa), realizava “negócios”, dava
satisfações e prestava contribuição nos ilícitos consumados ou tramados por
Cachoeira. Quanto a isso, a prova está no inquérito sigiloso que tramita sob a
supervisão do ministro Ricardo Ricardo Lewandowsky. Em outras palavras, essa
prova não chegou aos autos do procedimento disciplinar da Comissão de Ética do
Senado”
Artigo Completo, ::Aqui::
Nenhum comentário:
Postar um comentário