segunda-feira, 23 de abril de 2012

Hollande vence 1º turno; Esquerda declara apoio



Com 95% dos votos apurados, o candidato do Partido Socialista à presidência da França, François Hollande, consolidou neste domingo (22) a liderança no primeiro turno contra o presidente e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy. A diferença foi pequena: Hollande recebeu 28,56% dos votos, contra 27,07% de Sarkozy.
Vermelho / L'Humanité
François Hollande, que foi o primeiro a discursar neste domingo, agradeceu aos candidatos Jean-Luc Mélenchon e Eva Joly pelo apoio já declarado a ele no segundo turno.

Na primeira reação após a publicação das pesquisas de boca de urna, o candidato da Frente de Esquerda, Jean Luc Mélenchon, declarou aos seus seguidores reunidos na Praça de Stalingrado : "Nosso povo parece estar bem determinado a virar a página dos anos Sarkozy. O total de votos da direita reduz-se em comparação com as eleições de 2007. Mas a extrema direita cresce. Por isso tivemos razão de concentrar nossa campanha em uma análise crítica radical das proposições da extrema direita. É o momento de dizer o quanto nos sentimos sós nesssa batalha. Um dos candidatos imitava, outro ignorava e nós mantivemos o essencial deste combate. Vergonha para aqueles que preferiram nos eliminar", disse Jean Luc Mélenchon ao conhecer os resultados das pesquisas de boca de urna.

"Nós somos a força política nova nascida nesta eleição. Somos nós que temos a chave do resultado. Apelo em consciência a assumir esta responsabilidade. Neste momento nada há a negociar. Nosso compromisso não necessita de nenhuma autorização nem adulação. Apelo a uma mobilização, nosso campo está comprometido no segundo turno em 6 de maio a derrotar Sarkozy, sem exigir nada em troca", disse o candidato da Frente de Esquerda deixando claro que apoia o candidato do Partido Socialista François Hollande.

E completou: "A batalha que levamos adiante não é uma luta pessoal, mas para virar a mesa, reverter a tendência que na Europa mantém o povo sob o jugo do eixo Sarkozy-Merkel. Ficará claro que somos nós que tomamos as decisões de esquerda neste país".
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