Valeram até artigos, matérias e opiniões que provavam, por "A" mais "B" que Dilma ia impedir a criação desta comissão mista, enquadraria o PT e a paz voltaria a reinar no Congresso, com suas crises estourando aqui e ali, mas nada de anormais, segundo Noblat.
Ao perceberem que a CPI ia, irremediavelmente, sair, imprensa e oposição, ensaiados até a última nota, mudaram o tom e começaram a propagar que o PT não queria e nem assinaria a instalação da CPI, porque poderia "ser devastadora para o partido e o governo".
E não é que a bancada do partido votou em peso pela instalação da comissão parlamentar?
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), foi categórico: “Cada líder está colhendo as assinaturas do seu partido. Mas podem ficar tranquilos que há um acordo de todos e esta será a CPI talvez com maior número de assinaturas da história do Parlamento”.
O presidente da Câmara publicou uma nota em que desafiava a Veja e dizia
que a investigação parlamentar era necessária e que setores da imprensa
envolvidos com o esquema Cachoeira deveriam responsabilizados e
punidos. Nenhuma nota foi publicada em nenhum grande veículo de
comunicação, um fato tão importante, oriundo do número três na posição
de comando do país, ser sumariamente ignorado.
Santayana em sua coluna no JB falou em punição ainda maior: a perda do
pouco que resta da credibilidade da grande imprensa brasileira.
O que se aprende com tudo isso?
O que se tem visto ultimamente: se não podem convencer editorialmente
seus adversários daquilo que crêem que deve ser feito, setores poderosos
da imprensa brasileira recorrem a manipulação, edição covarde e ameaças
veladas a democracia para fazer valer, na força de suas publicações e
programação, que o que o dizem é a "verdade" que hoje se apresenta e
sempre será considerada pela opinião pública brasileira.
Mas e a audiência estará percebendo o vil movimento deste dueto imprensa
e oposição, em desesperado ato para imputar aos investigadores os
pecados cometidos pelos investigados, ou seja, eles mesmos?
Então quer dizer que DEM, PSDB e a imprensa estão dispostos agora a
investigar, quando até hoje pela manhã agiram para soterrar a CPI a
qualquer custo?
Hoje o JB publicou
matéria em que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, assim
como Demóstenes Torres, mantinha relações muito próximas com Carlinhos
Cachoeira. O cerco se fecha de um lado e os ratos se abrigam do outro.
A batalha política está apenas começando
.
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