Militar da reserva pleiteou vaga no time titular: “Já me sinto preparado para distribuir sarrafos nos comunistas bichas”, disse um deles. |
CLUBE MILITAR - O que era para ser uma simples comemoração ganhou ares
de piquete subversivo. Acossados por maconheiros, vândalos e comunistas,
dezoito militares da reserva desembarcaram da nave de Cocoon, no Centro
do Rio de Janeiro, para celebrar o aniversário do golpe de 1964. "Vocês
precisam saber a verdade: a revolução de 1964 livrou o país das ONGs,
das passeatas gays, do hino nacional cantado pela Fafá de Belém e do Big
Brother. Disso a imprensa não fala!", discursou o comandante Ernesto
Garrastazu Bolsonaro, enquanto desembainhava um Ato Institucional. "Hoje
a Susana Vieira faz o que quer sem censura prévia", vituperou,
acomodando um militante do PSOL num pau-de-arara.
Com um megafone na mão, o blogueiro Ronaldinho Azeredo tentava promover a
paz, a compreensão e o amor solidário entre os homens de boa vontade e
bom saldo bancário: "Questões que haviam sido superadas, ou que estavam
justamente adormecidas, são reavivadas com paixão cruenta", cantarolou
ao som de mantras do Homem de Bem. Perguntado sobre a truculência dos
torturadores, as arbitrariedades da censura e o destino ainda
desconhecido de inúmeros desaparecidos políticos, Azeredo evocou um
grão-mestre: "O AI-5 era só um papelzinho", e completou: "Quanto aos
desaparecidos políticos, vocês já procuraram no Facebook, seus
preguiçosos?"
Antes de regressarem à nave de Cocoon, todos os militares foram forçados
a passar por uma blitz da Lei Seca. "Quem chamar o golpe de 'revolução'
vai ter de soprar o bafômetro", explicou um policial comunista,
maconheiro e subversivo.
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