Bob Fernandes, Terra Magazine
“Pizza". Em qualquer canto, essa é a
expressão que mais se ouve e se diz em tempos de CPI's. A palavra
"pizza" tempera quase todo e qualquer comentário sobre as CPIS. Esse
é o senso comum, é o que quase todo mundo pensa e diz, mas não é verdade que
toda Comissão Parlamentar de Inquérito termina em pizza.
Antes, é preciso esclarecer algo
importante: CPI não tem poder pra condenar nem mandar prender: as CPI's, quando
terminam, encaminham suas conclusões para o Ministério Público. Prisões e
condenações, que disso podem decorrer, são da competência das polícias e do
Judiciário.
Vamos aos números, aos fatos, que são
inquestionáveis. Essa leva recente de CPI's começa com a que ficou conhecida
como "CPI do Collor". Bem, aquela CPI resultou na renúncia do
Presidente da República – o que não é pouco, e seguido o rito democrático, um
fato até então raro no mundo todo. Recordemos: no rastro daquela CPI, o
tesoureiro de Collor, PC Farias, terminou sendo condenado e preso.
A comissão seguinte foi a dos Anões do
Orçamento: 18 eram os acusados. Seis deputados foram cassados e 4 renunciaram
para não perder o mandato. Da rumorosa CPI conhecida como a do
"mensalão", 38 pessoas, entre parlamentares e empresários, serão
julgadas pelo Supremo Tribunal. Então, como falar em “pizza”? O Supremo
Tribunal é que irá condenar ou absolver, e não a CPI.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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