segunda-feira, 9 de abril de 2012

Vale a pena ver de novo: O VOTO DA DIREITA ENVERGONHADA - Marina Silva, a queridinha da mídia

Amigos e Leitores,
Agora pouco, revendo e-mails antigos encontrei esta pérola.
Na época, ou seja, 26/09/2010, encaminhei para meus grupos o excelente artigo do grande mestre Emir Sader, publicado pelo nosso querido Jornalista Altamiro Borges.
Um fanático da igreja católica, seguidor do padre Marcelo Rossi e da direita radical, residente no interior de São Paulo e funcionário contratado da Prefeitura de sua cidade, que me reservo em não divulgar o nome, mas o código de área de telefone é ( 19 )  disse a respeito da matéria "Marina Silva, a queridinha da mídia": "analise bem estes emails antes de repassá-los. Quem está alavancando a Marina são os artistas".
Já estava de saco cheio com o analfabeto funcional e então enviei a seguinte resposta: 
"Sidney, Eu e o Emir Sader não vamos perder tempo com você. Abraços,Saraiva".
Depois simplesmente excluir o seu nome da minha caixa de e-mails.
Tudo que Emir Sader escreveu está concretizado e vale a pena ler de novo.
Tenham todos uma boa noite e boa leitura,
Saraiva 
Reproduzo artigo contundente de Emir Sader, publicado no sítio Carta Maior:

De jurásica, ecologista fundamentalista, que travava o desenvolvimento do país, Marina virou a nova queridinha da mídia – lugar deixado vago por Heloisa Helena. Mas o fenômeno é o mesmo: desespero da direita para chegar ao segundo turno e incapacidade de alavancar seu candidato. Daí a promoção de uma candidata que, crêem eles, pode tirar votos da Dilma, para tentar fazer com que a derrota não seja tão acachapante, levando a disputa para o segundo turno e dando mais margem do denuncismo golpista de atuar.

Marina, por sua vez, para se prestar a esse papel, se descaracterizou totalmente, já não tem mais nada de candidata verde, alternativa. Não tem agenda própria, só reage, sempre com benevolência, às provocações da direita, seja sobre os sigilos bancários, a Casa Civil ou qualquer insinuação da direita.

Presta um desserviço fundamental à causa que supostamente representaria: é um triste fim do projeto de construir um projeto verde, uma alternativa ecológica, uma pauta fundada no equilíbrio ambiental para o Brasil. Tornou-se uma candidata vulgar, em que nem setores de esquerda descontentes com outras correntes conseguem se representar.

Uma vez mais uma tentativa de construir alternativa à esquerda deixa-se levar pelo oportunismo. Quantas vezes Marina denunciou o monopólio da mídia privada e seu papel assumido de partido político da oposição? Nenhuma. Quantas vezes afirmou que a imprensa é totalmente alinhada com uma linha radical de oposição, não deixando espaços para a informação minimamente objetiva e para o debate democrático da opinião pública? Nenhuma. Quantas vezes se alinhou claramente com a esquerda contra a direita? Nenhuma.

Nenhuma, porque já não está no campo da esquerda – e os aliados, incluídos os que fazem campanha para o Serra, como Gabeira, entre outros, provam isso. Se situa em um nebuloso espaço da terceira via – refúgio do oportunismo, quando os grandes enfrentamentos polarizam entre direita e esquerda. Nenhuma, porque essa mesma imprensa golpista, monopolista, que a criticava tanto, agora lhe abre generosos espaços para desfilar seu rancor porque não foi a candidata do Lula e vê a Dilma ser promovida a continuadora do governo mais popular da história do país.

Esses 15 minutos de gloria serão sucedidos pela ostracismo, pela intranscendência. Depois de usada, sem resultados, pela direita, Marina voltará ao isolamento, o suposto projeto verde, depois de confirmado o amálgama eleitoreiro que o articulou, desaparecerá, deixando cadáveres políticos pelo caminho.

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