No momento em que a Globo se mostra receosa em relação a uma eventual proposta para democratizar a comunicação, Marco Aurélio Garcia a acusa de partidarismo. “Quando você tem uma emissora que dedica 19 minutos do seu principal noticiário para fazer um resumo do mensalão às vésperas do segundo turno... não é uma questão que passa batido para nós”; comandada por Ali Kamel, emissora diz que "só faz jornalismo"
A Rede Globo, assim como os principais meios de comunicação do País,
estão unidos contra uma eventual proposta que parta do governo para
democratizar os meios de comunicação, a exemplo do que ocorreu com a Ley
de Medios argentina, que entra em vigor em 7 de dezembro. Tanto Globo,
Abril, Folha e Estado já dedicaram reportagens contra o que acusam ser
um golpe contra a democracia.
Neste contexto, o assessor para Assuntos Internacionais da
presidência da República, Marco Aurélio Garcia, entrou no debate. E
acusou a Globo de agir de forma partidária. Leia na coluna de Mônica
Bergamo, da Folha:
CLIMA
Marco Aurélio Garcia, assessor de assuntos internacionais do governo Dilma Rousseff, é direto ao criticar a mídia no julgamento do mensalão: "É isso: eu estou falando da TV Globo", disse ele em entrevista à rádio BandNews FM no domingo das eleições. "Houve concretamente uma tomada de posição por parte de analistas", o que, segundo ele, vai além dos limites de órgãos de concessão pública. "Vamos ter claro: não estou me referindo a jornais, mas a órgãos de concessão pública."
CLIMA 2
Garcia referiu-se ao resumo que o "Jornal Nacional" fez do mensalão no dia 23 de outubro, quando mais da metade de seus 32 minutos foi dedicada a um balanço do julgamento. "Quando você tem uma emissora que dedica 19 minutos do seu principal noticiário para fazer um resumo do mensalão às vésperas do segundo turno (...) Não é uma questão que passa batido para nós."
CLIMA 3
Procurada pela coluna, a TV Globo diz que "não tem lado e só fez jornalismo".
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