sábado, 3 de novembro de 2012

Caso Valério: a armação da mídia contra Lula e a esquerda

A nova campanha, iniciada pelo panfleto direitista da família Civita, a revista Veja, e ampliada pela imprensa conservadora, em torno das alegadas “novas revelações” que o empresário Marcos Valério poderia fazer em torno do chamado “mensalão”, tem um forte cheiro de armação.

Vermelho
Quem se beneficia com essa campanha de maledicências? De um lado, Marcos Valério, que pretende barganhar tais novas, e bombásticas, revelações, beneficiando-se, de maneira imprópria e ilegal, pelo programa de proteção a testemunhas e tentando um acordo de delação premiada. Ora, Valério não é testemunha, mas réu, afirmou um famoso advogado criminalista, não cabendo a ele o benefício de um programa voltado a testemunhas. Valério pretenderia também reduzir a pena a que já foi condenado no processo em curso no STF (mais de 40 anos de prisão) ou mesmo a mudança do regime de sua execução, de fechado para semiaberto.

De outro lado, a mídia golpista e os setores conservadores, descontentes com os desdobramentos do processo do “mensalão”, mal escondem o desejo de tumultuar o processo em curso no STF e dar uma sobrevida ao ataque contra as forças democráticas e progressistas e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A campanha começou com a edição da revista da Editora Abril que chegou às bancas no dia 15 de setembro que, baseada em declarações de terceiros (embora tenham sido apresentadas pela revista como sendo de autoria de Marcos Valério), tentou envolver o nome de Lula no julgamento em curso no STF, apontando-o como o “chefe” do alegado esquema de corrupção.

Se esperavam que tivesse um reflexo direto na eleição municipal, sobretudo na eleição paulistana, onde a derrota do arquicardeal tucano José Serra desenhava-se como inevitável, fracassaram fragorosamente.

Daí, com certeza, a volta ao ataque, pelos mesmos jornais conservadores e pela revista abriliana, na edição que circula esta semana. Com a pretensão de reabrir a investigação dos fatos em julgamento pelo STF envolvendo o nome do ex-presidente Lula e tentando agravar a acusação com insinuações de “revelações” levianas e absurdas envolvendo inclusive as circunstâncias do assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.”
Editorial Completo, ::AQUI::

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