Em relação a "reporcagem" "O enrosco do subsídio" (ver abaixo) publicada na última sexta-feira (02/11) pela revista Veja. Confira , abaixo, as respostas encaminhadas pela Petrobras ao veículo. (Fonte: Fatos e Dados)
Pergunta: A perda da autossuficiência estava prevista pela empresa? Qual o plano para retomá-la?
Resposta: De acordo com os dados internos e as projeções do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 da Companhia, a autossuficiência em petróleo, definida pelo saldo líquido volumétrico positivo das exportações, menos importações, será mantida, mesmo nos anos de 2012 e 2013,
quando teremos produção estável em relação a 2011 e consumo crescente
de derivados. Desconhecemos a memória de cálculo que sustente os números
apresentados pelo gráfico e tabela encaminhados pela Revista Veja.
Pergunta: Ao longo dos últimos anos, a Petrobras aboliu
indicadores específicos de desempenho, como as metas de produção por
plataformas e bônus específicos por função gerencial (a remuneração
variável passou a ser a mesma para todas as funções.) É possível saber o
quanto a falta desses indicadores influenciou a queda de eficiência na
operação? A retomada dessas métricas indica que elas podem ajudar a
retomar a produtividade?
Resposta: A Petrobras nunca deixou de trabalhar com metas e
indicadores. Com o Plano de Negócios e Gestão 2012/2016, essa questão
foi reforçada: as metas corporativas do plano de negócios serão
desdobradas até o nível de cada empregado. Quanto à meta de produção de
óleo, especificamente, é composta pela soma das metas de produção de
óleo de cada unidade de produção. Ou seja: cada gerente de plataforma de
campo marítimo ou de operação de um campo terrestre conhece claramente
qual a sua meta específica de produção e trabalha para atingi-la ao
longo do ano. Não atribuímos, portanto, à falta de indicadores a queda
de eficiência na operação de algumas plataformas.
Pergunta: Quais as principais medidas para recuperar a eficiência das plataformas da Bacia de Campos?
Resposta: Um programa especial foi elaborado de forma a
estruturar ações especificas para cada sistema de produção da Unidade de
Operações da Bacia de Campos (UO-BC), com o objetivo de restaurar e
consolidar o retorno aos níveis históricos de eficiência operacional da
citada unidade. Esse programa é o PROEF – Programa de Aumento da
Eficiência Operacional da Bacia de Campos – UO-BC.
Essa unidade de operações, complexa estrutura
de produção de petróleo marítima, já considerada madura, com
plataformas e sistemas submarinos em operação há 20, e até 30 anos, que
atua em larga escala e em lâminas d´água rasas e profundas. Há, ali, um
desafio intrínseco na manutenção de elevados índices de eficiência
operacional e, consequentemente, da produção de petróleo e gás, nesse
cenário.
Inspeções recentes em todo esse complexo marítimo constataram a
necessidade de alocar ainda mais recursos para a recuperação da operação
de poços, sistemas submarinos e plataformas. Essas ações terão como resultado
um retorno da eficiência operacional da UO-BC a patamares que a
tornarão perfeitamente alinhada às demais unidades de operações, que
oscilam em torno de 90%. Com esse programa, espera-se um potencial de
recuperação entre 150 mil e 200 mil barris de óleo por dia (bopd) nos
próximos cinco anos, com significativo impacto econômico positivo. Desde
abril até agosto de 2012, foram despendidos US$ 398 milhões com o PROEF
e o Valor Presente Líquido (VPL) estimado para essas operações é de US$
357 milhões. O mesmo programa começa a ser implantado agora na Unidade
de Operações Rio (UO-Rio), que abriga os sistemas de produção mais
recentes da Bacia de Campos.
Pergunta: As paradas obrigatórias de manutenção demoraram mais
tempo do que o esperado. Que tipo de problema fez com que essa
manutenção levasse mais tempo? Foi preciso adotar algum procedimento
específico desta vez?
Resposta: Há uma iniciativa específica no Programa de Aumento da
Eficiência Operacional da Bacia de Campos (PROEF), que trata dos
problemas enfrentados com as paradas programadas de plataformas. As
paradas para manutenção em unidades de produção offshore estão sujeitas a
diversas restrições. Como exemplo, podemos citar a plataforma P-52.
Durante a parada para manutenção dessa unidade de produção, enfrentamos
ventos acima de 30 Knots, que impediram, por vários dias, o trabalho dos
escaladores na torre do flare (equipamento destinado a queimar o gás
descartado de um poço em produção). Além disso, há problemas que só
podem ser detectados quando o equipamento está sob intervenção, como no
caso de trincas na base do queimador do flare, uma área com temperatura
de quase 1.000oC, que exigiu uma mobilização excepcional.
Pergunta: As equipes de manutenção que trabalham na Bacia de
Campos estão há quanto tempo trabalhando lá? Qual o turn over na
manutenção da Bacia de Campos?
Resposta: As equipes de manutenção vêm sendo renovadas, com a
admissão de novos empregados, que também têm contribuído para a
tripulação das muitas plataformas que entraram em operação ao longo dos
últimos anos. Ao mesmo tempo, a Companhia conta com empregados que têm
até 35 anos de experiência e são responsáveis pela manutenção das
plataformas. Cerca de 50% dos empregados da Petrobras têm até 10 anos de
empresa. Os mecanismos de retenção de talentos da Companhia têm
contribuído para que a empresa tenha uma baixíssima perda nas suas
equipes na Bacia de Campos, que está, hoje, em torno de apenas 1% . Além
das equipes próprias de manutenção, a Petrobras conta com serviços
especializados nessa área, contratados regularmente junto ao mercado.
A reporcagem
Observação deste blog: O dedo tucano na fonte da Veja
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) no qual Veja obteve com exclusividade o estudo inédito, [último parágrafo da primeira coluna acima] tem como sócio-fundador Adriano Pires, que atuou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante a gestão de David Zylbersztajn, ex-genro de FHC.
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) no qual Veja obteve com exclusividade o estudo inédito, [último parágrafo da primeira coluna acima] tem como sócio-fundador Adriano Pires, que atuou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante a gestão de David Zylbersztajn, ex-genro de FHC.
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