“TJ/SP mantém a indisponibilidade do
patrimônio de José Bernardo Ortiz, ex-prefeito de Taubaté, que é suspeito de
fraudes em licitações no comando da Fundação para o Desenvolvimento da
Educação; "ele é de nossa total confiança", disse Alckmin sobre o
aliado, que esteve à frente do gigantesco sistema de distribuição de bolsas de
ensino nos últimos anos, beneficiando instituições como a desconhecida Sumaré;
decisão também atinge filho de Ortiz, prefeito eleito de Taubaté
Um dos aliados mais próximos do governador
Geraldo Alckmin, de São Paulo, está cada vez mais encrencado com a Justiça. Trata-se
de José Bernardo Ortiz, que presidia a Fundação para o Desenvolvimento da
Educação, responsável pela administração de um gigantesco sistema de bolsas de
ensino para a educação superior, que movimentou mais de R$ 850 milhões nos
últimos anos. Por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, ele deverá
continuar afastado da FDE e seus bens seguirão indisponíveis.
Ex-prefeito de Taubaté, Ortiz é acusado de
improbidade e fraude à licitação na compra de 3,5 milhões de mochilas ao preço
de R$ 34,9 milhões, em 2011. Com orçamento anual de mais de R$ 3 bilhões, a FDE
é a grande caixa-preta da administração tucana, em São Paulo, distribuindo
bolsas com critérios nem sempre transparentes e beneficiando instituições de
ensino pouco conhecidas, como é o caso da Sumaré (leia mais aqui).
Quando Ortiz foi afastado por decisão
judicial em primeira instância, Alckmin não se fez de rogado e afirmou:
"Ele é de nossa total confiança" (leia mais aqui). Agora, a decisão
inicial foi referendada pelo próprio tribunal. Ao fazê-lo, o relator da ação no
TJ, Aliende Ribeiro, avaliou que "a decisão apresentou correta solução ao
determinar liminarmente o afastamento do presidente da FDE e a
indisponibilidade dos bens de todos os corréus".
Além de Ortiz, são citados seu filho, José Bernardo
Ortiz Junior, prefeito eleito de Taubaté (SP), e três empresas que teriam
formado cartel para fraudar a concorrência: Capricórnio, Mercosul e Diana
Paolucci. Em Taubaté, por sinal, uma outra ação do Ministério Público pretende
anular a eleição deste ano, em razão das acusações de corrupção que envolvem a
família Ortiz.”
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