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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2008
Brasil continuará "gigante exportador"
A União Européia avalia que o Brasil consolidará seu status como "exportador gigante" de produtos agrícolas até 2017, visto seu domínio nas vendas de oleaginosas, açúcar, etanol, carnes bovina e de frango. Já a UE deve perder espaço nas vendas de grãos, açúcar, lácteos e carnes. A exceção será para o trigo, cujas exportações deverão aumentar. Os Estados Unidos continuarão líder no comércio de trigo e de milho, principalmente.A nova projeção européia para o comércio agrícola global prevê que o Brasil vai passar os Estados Unidos como maior produtor mundial de óleo de soja em 2016/17. O Brasil e a China (como importador) representarão mais da metade desse comércio em 2010. Argentina e EUA continuarão na liderança das exportações.A demanda por açúcar deve crescer mais rápido que a produção, e o Brasil e a UE serão os principais atores no mercado. Até 2017, o Brasil terá 60% do mercado mundial. A UE se tornará o maior importador global, comprando mais de 5 milhões de toneladas. A China e os Estados Unidos vão importar muito açúcar, deixando a Rússia (hoje o maior importador) na quarta posição em 2017.A Tailândia deve superar a Austrália como segundo maior exportador de açúcar, com uma fatia de 12%. Desde 2006, a Índia é o segundo maior produtor.A UE projeta para o etanol o domínio do Brasil como exportador e dos Estados Unidos como importador. O comércio internacional deve crescer velozmente, pelos cálculos de Bruxelas. As exportações brasileiras podem alcançar 13 bilhões de litros dentro de dez anos, pelo cenário europeu.O setor de carnes como um todo manterá sua expansão, graças a aumento da população mundial e maior renda nos países em desenvolvimento. O comércio deve aumentar 2,5% ao ano. O Brasil ganhará mais da metade do crescimento, com 30% das exportações globais de carnes em 2017. Os Estados Unidos também ganharão fatias de mercado. A Rússia permanecerá como o maior importador líquido, seguido pelo Japão.A China representará mais de 40% do crescimento da demanda, mas isso terá menos impacto no comércio mundial porque o consumo pode ser atendido em grande parte pela produção doméstica.O Brasil continuará dominando o comércio de carne bovina, com 47% das exportações mundiais. Também poderá mais que dobrar suas exportações de carne de porco. E será o único país onde a produção de frango é prevista para aumentar significativamente mais rápido do que o consumo, consolidando sua posição de maior exportador, a frente dos EUA.Entre os principais cereais, o trigo terá produção maior na Austrália, UE e EUA. Em relação ao arroz, a Tailândia pode consolidar sua posição como maior exportador mundial, seguido pelo Vietnã.Quanto ao milho, os Estados Unidos devem "recapturar" mercados e elevar sua fatia de mercado de 63% para 72%. A Argentina será o segundo, com 20%. Já o Brasil terá sua fatia menor, porque o consumo doméstico de milho será maior que a produção. A demanda da China continuará alta.A expectativa é de que os preços serão mais voláteis no futuro. Para o médio prazo, as projeções são de alta, depois da queda de cotações registradas neste ano.Por: Helena™amigosdopredidente
Postado por João Paulo Lamberg Mello às 20:23
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