sábado, 16 de janeiro de 2010

Brasil pode ter indicadores sociais de 'País 1º Mundo' até 2016, diz Ipea

Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do Amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.
Visitem este Blog.
Obrigado,
Saraiva

Brasil pode ter indicadores sociais de 'País 1º Mundo' até 2016, diz Ipea

0 comentários
Moradores de rua em Copacabana

Segundo a pesquisa, país poderá eliminar até 2016 a pobreza extrema

O Brasil pode chegar ao ano de 2016 com indicadores de pobreza e desigualdade próximos aos de países ricos, diz um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta terça-feira.
De acordo com a pesquisa, se o país conseguir manter o ritmo de avanços dos últimos cinco anos, até 2016 poderá eliminar completamente a pobreza extrema – situação em que as pessoas vivem com até 25% do salário mínimo. Em 2008, esse grupo representava 10,5% da população brasileira.
No mesmo cenário, a chamada pobreza absoluta (renda de até meio salário mínimo) pode cair de 28,8% para 4% da população nos próximos seis anos.
Já o índice de Gini, que mede a concentração de renda em um país, cairia para 0,488 (o indicador varia de 0 a 1, sendo maior a desigualdade quanto mais próximo de 1). Em 2008, o índice dos Estados Unidos foi de 0,466.
Políticas públicas
Segundo os pesquisadores do Ipea, grande parcela dos avanços alcançados pelo Brasil nessa área “está direta e indiretamente ligada” a um “conjunto de políticas públicas” colocado em prática por força da Constituição de 1988, em paralelo ao desenvolvimento econômico do país.
Como exemplo dessas ações, o texto cita a Previdência Social, o Seguro-Desemprego e o programa Bolsa Família.
A expansão do gasto com programas sociais também é apontada como razão de melhoria dos indicadores. De acordo com o estudo, esses gastos correspondiam a 13,3% do PIB brasileiro em 1985, subindo para 21,9% em 2005.
Uma das características nesse processo, segundo a pesquisa, é a maior participação dos municípios em programas sociais. Enquanto a União e os Estados reduziram seu papel, as prefeituras ampliaram seus gastos – de 10,6% do PIB em 1980 para 16,3% em 2008.
O sistema tributário brasileiro é apontado pelo estudo como “um dos entraves” à melhoria dos indicadores de pobreza e desigualdade no país. Isso porque, segundo a pesquisa, os impostos incidem “fundamentalmente” na base da pirâmide social – faixa de pessoas mais pobres.
“Significa dizer que os segmentos de menor rendimento terminam contribuindo relativamente mais para a formação do fundo que sustenta o conjunto das políticas públicas brasileiras”, diz o texto do Ipea.
Comparação
O levantamento mostra, em geral, que os países ricos registraram aumento da desigualdade de renda entre 2000 e 2005.
Com menor expansão econômica, países europeus como a Itália e a Alemanha ampliaram a diferença entre os mais ricos e os mais pobres em 10,7% e 5,7%, respectivamente.
Entre os países da América Latina e Caribe, o resultado entre 2000 e 2005 tem sido positivo. Diversos países reduziram seu índice de Gini, o que significa maior igualdade entre ricos e pobres. Entre os melhores resultados estão a Bolívia (-18,3%), Equador (-4,5%) e Brasil (-4,5%).
No caminho inverso aparecem Costa Rica e Uruguai, que ficaram mais desiguais nos últimos cinco anos, de acordo com o estudo do Ipea.

Nenhum comentário: