* Publicado em 25/07/2010
O Movimento dos Sem Mídia de Eduardo Guimarães já conseguiu na Justiça que a Polícia Federal (Dr Corrêa, veja lá o que o senhor faz …) faça uma auditoria dos institutos de pesquisa.
Os suspeitos são, claro, o Datafalha, que não falha: quando o Serra mais precisa ela está lá !
E o Globope, de uma empresa cujo maior cliente é a Rede Globo.
O Vasco já provou que a Folha, no momento, se dedica a garantir o pagamento do Gonzalez, o marqueteiro do Serra.
O jenio, candidato dos conservadores e dos neo-fascistas do DEMO, corre o risco de ficar sem grana.
O próprio Eduardo Guimarães mostrou que, sob a pressão do Movimento dos Sem Mídia, a Folha (*) começou a tirar voto do Serra.
É interessante.
O jenio não passa de 30% desde 2002.
E perde votos no Datafalha quando a campanha começa a esquentar.
Ele é um jenio.
Ao Datafalha se sucede uma plêiade de colonistas (**) que se notabiliza como “pesquiseiro”, ou “analista de pesquisa”.
Assim como a Globo tem 859 “analistas de tabela” no departamento de futebol, o PiG (***) tem os “pesquiseiros”.
Eles dão legitimidade ao Datafalha.
Eles acreditam no Datafalha.
É o curandeiro que toma a beberagem.
A Eliane Catanhêde, por exemplo, hoje na página 2 da Folha (*) diz que o jogo está zero a zero.
Deve ser porque, da noite de sexta para a manhã de sábado, como diz o Stanley Burburinho, sumiram 18 milhões de votos da Vox Populi, correram para o Datafalha, e o Serra conquistou o “empate técnico”: ou seja, está tudo zero a zero.
O Datafalha não passaria no primeiro ano de Estatística do meu curso de Sociologia na PUC do Rio, quando se estudava o Fernando Henrique como exemplo de utilização do “método marxista”.
Uma prova de que a Datafalha ia ao pau é o que diz o Brizola Neto, no imperdível Tijolaço:
O Datafolha e a necessidade de auditoria
sábado, 24 julho
Bem , depois de me desintoxicar um pouco deste mundo de manipulação e propaganda, acho que é possível, de maneira bem calma e racional, mostrar a vocês como o Datafolha perdeu qualquer compromisso com a ciência estatística e passou a funcionar com uma arrogância que não se sustenta ao menor dos exames que se faça sobre os resultados que apresenta.
A primeira coisa que salta aos olhos é o problema gerado pela definição da área de abrangência e, por consequencia, da amostra. Ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pesquisas, o Datafolha conjugou pesquisas estaduais e uma pesquisa nacional.
O resultado é um monstrengo, uma verdadeira barbaridade estatística. E as provas estão todas no site do TSE ao alcance de qualquer pessoa. E do próprio Tribunal e do Ministério Público Eleitoral.
Vejamos a mecânica da monstrengo produzido pelo Datafolha.
Dia 16 de julho, o Datafolha (já usando esta razão social e não mais Banco de Dados São Paulo, como usava antes) registrou, sob o número 19.890/ 2010, uma pesquisa nacional de intenção para presidente. Nela, ao relatar a metodologia, o instituto abandonou os critérios tradicionais de distribuição da pouplação brasileira e “expandiu” as amostras dois oito estados.
No próprio registro há a explicação: “Nessa amostra, os tamanhos dos estratos foram desproporcionalizados para permitir detalhamento de algumas unidades da federação (UF´s) e suas capitais. Nos resultados finais, as corretas proporções serão restabelecidas através de ponderação. A amostra nos estados em que não houve expansão foi desenhada para um total de 2500 questionários.
E quantos somavam os “estratos desproporcionalizados”? Está lá: As UF´s onde houve expansão da amostra foram: SP-2040 entrevistas (1080 na capital), RJ-1240 entrevistas (650 na capital), MG-1250 entrevistas (400 na capital) , RS-1190 entrevistas (400 na capital), PR-1200 entrevistas (400 na capital), DF-690 entrevistas, BA-1060 entrevistas (400 na capital), PE-1080 entrevistas(400 na capital). A soma, portanto dá 9750 entrevistas, de um total de 10.730.
Logo, sobraram para todos os 19 demais estados brasileiros 980 entrevistas.
Qualquer estudante de estatística sabe que você não pode misturar critérios de amostragem para partes do mesmo universo e, no final, “ponderar” pelo peso de cada uma destes segmentos no total. Da mesma forma que não se pode pegar uma parte de uma amostra nacional e dizer que, no Estado X, o resultado é Y.
O resultado será viciado pela base amostral distorcida.
Mas o Datafolha não parou aí. Esta pesquisa “nacional” (protocolo 19.890/2010) foi registrada tendo como contratantes a Folha e a Globo, com o valor de R$ 194 mil. Cada uma dos ” estratos desproporcionalizados” foi registrado, no dia 19 último, como uma pesquisa “separada”. Veja:
Protocolo 20158/2010 – Paraná, 1.200 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A. por R$ 76 mil;
Protocolo 20125/2010 – Distrito Federal, 690 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 70.900;
Protocolo 20141/2010 – Rio Grande do Sul , 1.190 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A por R$ 68 mil;
Protocolo 20124/2010 – Bahia , 1.060 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. por R$ 80.258;
Protocolo 20164/2010 – São Paulo , 2.040 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 74.100 (mais que o dobro por entrevista que na Bahia).
Protocolo 20140/2010 – Pernambuco , 1.080 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 65 mil;
Protocolo 20132/2010 – Minas Gerais , 1.250 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 80 mil;
Protocolo 20161/2010 – Minas Gerais , 1.240 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 68 mil.
Somando todos os valores declarados de contratação chega-se à bagatela de R$ 776.258 reais. Interessante, não?
Mais interessante ainda é o fato de que, nos protocolos listados acima, que você pode consultar na página do TSE , preenchendo o número correspondente, o Datafolha nem sequer se preocupou em depositar, como manda a lei, o questionário específico. Fez como o Serra, que mandou entregar no Tribunal ,como programa, o discurso que fez na convenção. Colocou uma cópia do questionário “nacional”, onde não há perguntas sobre candidatos a governador ou senador.
O Datafolha trata as exigências legais como um “detalhezinho” sem importância, “vende” a mesma pesquisa em nove contratos diferentes – seria bom ver os recibos destes pagamentos, não? – e deposita questionários imcompletos, aos lotes.
Portanto, a análise da pesquisa Datafolha não deve ser estatística. Deve ser jurídica. O douto Ministério Público Eleitoral, que não aceita intimidações de quem quer que seja, bem que poderia abrir um procedimento para apurar todos os fatos que, com detalhes, estão narrados acima.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
O Movimento dos Sem Mídia de Eduardo Guimarães já conseguiu na Justiça que a Polícia Federal (Dr Corrêa, veja lá o que o senhor faz …) faça uma auditoria dos institutos de pesquisa.
Os suspeitos são, claro, o Datafalha, que não falha: quando o Serra mais precisa ela está lá !
E o Globope, de uma empresa cujo maior cliente é a Rede Globo.
O Vasco já provou que a Folha, no momento, se dedica a garantir o pagamento do Gonzalez, o marqueteiro do Serra.
O jenio, candidato dos conservadores e dos neo-fascistas do DEMO, corre o risco de ficar sem grana.
O próprio Eduardo Guimarães mostrou que, sob a pressão do Movimento dos Sem Mídia, a Folha (*) começou a tirar voto do Serra.
É interessante.
O jenio não passa de 30% desde 2002.
E perde votos no Datafalha quando a campanha começa a esquentar.
Ele é um jenio.
Ao Datafalha se sucede uma plêiade de colonistas (**) que se notabiliza como “pesquiseiro”, ou “analista de pesquisa”.
Assim como a Globo tem 859 “analistas de tabela” no departamento de futebol, o PiG (***) tem os “pesquiseiros”.
Eles dão legitimidade ao Datafalha.
Eles acreditam no Datafalha.
É o curandeiro que toma a beberagem.
A Eliane Catanhêde, por exemplo, hoje na página 2 da Folha (*) diz que o jogo está zero a zero.
Deve ser porque, da noite de sexta para a manhã de sábado, como diz o Stanley Burburinho, sumiram 18 milhões de votos da Vox Populi, correram para o Datafalha, e o Serra conquistou o “empate técnico”: ou seja, está tudo zero a zero.
O Datafalha não passaria no primeiro ano de Estatística do meu curso de Sociologia na PUC do Rio, quando se estudava o Fernando Henrique como exemplo de utilização do “método marxista”.
Uma prova de que a Datafalha ia ao pau é o que diz o Brizola Neto, no imperdível Tijolaço:
O Datafolha e a necessidade de auditoria
sábado, 24 julho
Bem , depois de me desintoxicar um pouco deste mundo de manipulação e propaganda, acho que é possível, de maneira bem calma e racional, mostrar a vocês como o Datafolha perdeu qualquer compromisso com a ciência estatística e passou a funcionar com uma arrogância que não se sustenta ao menor dos exames que se faça sobre os resultados que apresenta.
A primeira coisa que salta aos olhos é o problema gerado pela definição da área de abrangência e, por consequencia, da amostra. Ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pesquisas, o Datafolha conjugou pesquisas estaduais e uma pesquisa nacional.
O resultado é um monstrengo, uma verdadeira barbaridade estatística. E as provas estão todas no site do TSE ao alcance de qualquer pessoa. E do próprio Tribunal e do Ministério Público Eleitoral.
Vejamos a mecânica da monstrengo produzido pelo Datafolha.
Dia 16 de julho, o Datafolha (já usando esta razão social e não mais Banco de Dados São Paulo, como usava antes) registrou, sob o número 19.890/ 2010, uma pesquisa nacional de intenção para presidente. Nela, ao relatar a metodologia, o instituto abandonou os critérios tradicionais de distribuição da pouplação brasileira e “expandiu” as amostras dois oito estados.
No próprio registro há a explicação: “Nessa amostra, os tamanhos dos estratos foram desproporcionalizados para permitir detalhamento de algumas unidades da federação (UF´s) e suas capitais. Nos resultados finais, as corretas proporções serão restabelecidas através de ponderação. A amostra nos estados em que não houve expansão foi desenhada para um total de 2500 questionários.
E quantos somavam os “estratos desproporcionalizados”? Está lá: As UF´s onde houve expansão da amostra foram: SP-2040 entrevistas (1080 na capital), RJ-1240 entrevistas (650 na capital), MG-1250 entrevistas (400 na capital) , RS-1190 entrevistas (400 na capital), PR-1200 entrevistas (400 na capital), DF-690 entrevistas, BA-1060 entrevistas (400 na capital), PE-1080 entrevistas(400 na capital). A soma, portanto dá 9750 entrevistas, de um total de 10.730.
Logo, sobraram para todos os 19 demais estados brasileiros 980 entrevistas.
Qualquer estudante de estatística sabe que você não pode misturar critérios de amostragem para partes do mesmo universo e, no final, “ponderar” pelo peso de cada uma destes segmentos no total. Da mesma forma que não se pode pegar uma parte de uma amostra nacional e dizer que, no Estado X, o resultado é Y.
O resultado será viciado pela base amostral distorcida.
Mas o Datafolha não parou aí. Esta pesquisa “nacional” (protocolo 19.890/2010) foi registrada tendo como contratantes a Folha e a Globo, com o valor de R$ 194 mil. Cada uma dos ” estratos desproporcionalizados” foi registrado, no dia 19 último, como uma pesquisa “separada”. Veja:
Protocolo 20158/2010 – Paraná, 1.200 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A. por R$ 76 mil;
Protocolo 20125/2010 – Distrito Federal, 690 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 70.900;
Protocolo 20141/2010 – Rio Grande do Sul , 1.190 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A por R$ 68 mil;
Protocolo 20124/2010 – Bahia , 1.060 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. por R$ 80.258;
Protocolo 20164/2010 – São Paulo , 2.040 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 74.100 (mais que o dobro por entrevista que na Bahia).
Protocolo 20140/2010 – Pernambuco , 1.080 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 65 mil;
Protocolo 20132/2010 – Minas Gerais , 1.250 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 80 mil;
Protocolo 20161/2010 – Minas Gerais , 1.240 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 68 mil.
Somando todos os valores declarados de contratação chega-se à bagatela de R$ 776.258 reais. Interessante, não?
Mais interessante ainda é o fato de que, nos protocolos listados acima, que você pode consultar na página do TSE , preenchendo o número correspondente, o Datafolha nem sequer se preocupou em depositar, como manda a lei, o questionário específico. Fez como o Serra, que mandou entregar no Tribunal ,como programa, o discurso que fez na convenção. Colocou uma cópia do questionário “nacional”, onde não há perguntas sobre candidatos a governador ou senador.
O Datafolha trata as exigências legais como um “detalhezinho” sem importância, “vende” a mesma pesquisa em nove contratos diferentes – seria bom ver os recibos destes pagamentos, não? – e deposita questionários imcompletos, aos lotes.
Portanto, a análise da pesquisa Datafolha não deve ser estatística. Deve ser jurídica. O douto Ministério Público Eleitoral, que não aceita intimidações de quem quer que seja, bem que poderia abrir um procedimento para apurar todos os fatos que, com detalhes, estão narrados acima.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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