Ações policiais vão se
concentrar em duas frentes: fronteiras e centros de consumo de drogas.
Serão intensificados trabalhos de inteligência para identificar e
prender traficantes, bem como desarticular organizações criminosas que
atuam no tráfico. O contingente das Polícias Federal e Rodoviária
Federal será reforçado em 2 mil homens. E haverá mudanças na legislação.
A principal aposta é no envio ao
Congresso de medida provisória que institui o Sistema Nacional de
Informações de Segurança Pública, Prisionais e Sobre Drogas (Sinesp).
Estados terão de assinar pacto com a União e, se não fornecerem dados e
informações precisos de segurança pública ao sistema, poderão ter
suspensos repasses de verbas federais.
O governo também enviará ao
Congresso projeto que altera o Código de Processo Penal e a Lei de
Drogas, acelerando a alienação de bens que são produtos do tráfico. A
mesma proposta dá mais agilidade à destruição de drogas apreendidas.
O governo ainda anunciou ontem
apoio a três projetos em tramitação na Câmara e no Senado. O primeiro
tipifica o crime organizado. Outro torna mais rígida a legislação sobre
lavagem de dinheiro e um terceiro permite acelerar a extradição de
estrangeiros procurados em outro país.
Cracolândias vão ser monitoradas por câmeras
Para reprimir o tráfico de
drogas, o governo federal pretende adotar um sistema de policiamento nas
cracolândias do País com câmeras de monitoramento. A ideia é
possibilitar a identificação de traficantes. "Não se combate crime
organizado sem ações de inteligência. Estamos integrando informações
para desenvolver atividades com polícia ostensiva, bases móveis de
videomonitoramento, câmeras fixas que permitirão a fiscalização", disse o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele evitou, porém, dar
detalhes de como funcionará o monitoramento das cracolândias.
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